CONSELHO NACIONAL DE CINECLUBES,
DIRETORIA REGIONAL NORTE E
PARACINE - FEDERAÇÃO PARAENSE DE
CINECLUBES
ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL DE CINECLUBES
DA REGIÃO NORTE DO BRASIL.
Cineclubes presentes:
rede [aparelho]-: - Arthur Leandro
Labirinto Cinema Clube - Maicon
Meireles;
Cineclube Resistência Marajoara -
Isabela do lago;
Cineclube AMAZONAS DOURO - Francisco
Weyl;
Cine GEMPAC - Luah Sampaio;
Cineclube ti Bamburucema - Mametu
Muagile;
Cineclube GERMA - João Simões;
Cineclube da ARCAXA - Domingos
Conceição;
Cineclube Nangetu - Mametu Nangetu;
Cineclube ACAOÃ - Babá Tayando
Coordenação da Reunião: MAICON
MEIRELES / ARTHUR LEANDRO
Relator: FRANCISCO WEYL
Às dezessete horas do dia treze de
setembro de dois milm e treze, na sede do Cineclube Nangetu , se
reuniram representantes de dez cineclubes paraenses para em plenária
de Assembléia Geral – AG, decidir sobre a escolha de
representantes de cineclubes de estados da região norte do Brasil.
Arthur Leandro, diretor regional norte do Conselho Nacional de
Cineclubes, pediu que se formasse uma roda para que, sem hierarquias
de uma mesa, pudessem conversar e chegar a decisões consensuais, e
convidou o presidente da PARACINE, Maicon Meireles do Labirinto
Cinema Clube de Parauapebas/PA, para junto com ele conduzir os
trabalhos da AG, e convidou o secretário da PARACINE e diretor
adjunto de memória do Conselho Nacional de Cineclubes, Francisco
Weyl, para secretariar e relatar a reunião. Em seguida, Arthur
solicitou que a anfitriã, Mametu Nangetu, fizesse uma saudação de
acolhimento aos cineclubistas presentes, e ela emanou Ngunzos com
suas palavras, fazendo vibrar a força da energia africana de origem
Bantu para que o cineclubismo continue firme na sua resistência pela
diversidade e pela democracia na cultura brasileira e mundial. Em
seguida, Arthur explicou que: a) a AG tem o objetivo específico de
debater diretrizes para a política pública cultural para o
cineclubismo e escolher titulares e suplentes para o Conselho de
Representantes do Conselho Nacional de Cineclubes, para exercer
mandato pelo período de um (01) ano, a contar de novembro de 2013;
b) a diretoria regional norte do CNC convocou AG geral regional de
cineclubes e que a proposta foi encampada pela Federação Paraense
de Cineclubes – PARACINE, e que, portanto, as duas organizações
vão conduzir o processo; c) que a PARACINE tem mais de 50 cineclubes
associados; d) que o Estado do Pará tem sessenta e dois cineclubes
filiados ao CNC e de todos os estados da Amazônia é o único que
tem quorum para indicar representantes, e que, sem esse apoio
solidário, os demais estados estariam excluídos; e) as distâncias
geográficas da Amazônia impossibilitam uma reunião presencial com
todos os cineclubes e favorecem a realização da AG presencial,
itinerante e virtual, para que sejam garantidas a participação dos
cineclubistas de diversos municípios da região neste processo; e f)
a escolha dos representantes vai privilegiar a diversidade de origem
e primar por um representante de cada estado. E, diante de todo esse
contexto, propôs a instalação de um “estado de assembléia geral
permanente” com prazo final para 23:59 do dia 28 de setembro,
período em que é possível mobilizar os cineclubes da região para
a votação pela plataforma na internet e. Clm isso, ter quorum para
a indicação de conselheiros representantes do CNC em 4 estados,
tendo a plenária aprovado a proposta por aclamação. Em seguida,
Maicon pediu a conferência de quorum através das assinaturas da
lista de presentes, conferiu-se dez cineclubes presentes, quorum
suficiente para a escolha de um representante naquele momento, sendo
verificado que a maioria dos presentes era da Rede de Cineclubes de
Terreiro, os quais naquele momento aguardavam para participar da
Conferência Livre de Culturas Afro-brasileiras no mesmo local. Em
seguida, Maicon abriu o diálogo cineclubista contextualizando as
ações que a diretoria da PARACINE vem desenvolvendo há um ano e
meio, desde a eleição na II Jornada Paraense de Cineclubes em
novembro de 2012, e disse que essa discussão já é uma etapa da
jornada estadual e por isso instalou naquele momento o primeiro
diálogo cineclubista da III Jornada Paraense de Cineclubes/ III
JOPACINE. Em seguida ele abriu para a manifestação para avaliação
e proposição de política pública para cineclubes. Neste momento
Mametu Nangetu falou da experiência dos cineclubes de terreiro como
processo de resistência, e disse que os governos deveriam ter um
olhar diferenciado para as comunidades e povos tradicionais para que
essas comunidades posam contribuir com a difusão do cinema
brasileiro e ao mesmo tempo oferecer cultura e opções de lazer para
a população da periferia. Mametu Muagilê do Cineclube ti
Bamburucema acrescentou que o Programa Cine Mais Cultura, que
possibilitou a criação ou o fortalecimento dos muitos dos
cineclubes que se consolidaram em Belém e no Pará, não aceitava
inscrição de grupos informais, e que isso impossibilitou muitos
terreiros e comunidades negras de participar desse processo, e
concluiu dizendo que é preciso que as ações de política pública
respeitem a informalidade que impera entre os agentes culturais
populares e tradicionais e que os editais aceitem a realidade como
ela é. Arthur aproveitou as falas de cineclubistas da rede de
terreiros e acrescentou que além de políticas de criação e
incentivos para cineclubes, era necessário investir em produção de
filmes com o protagonismo e abordagem de temática de comunidades de
terreiros e da população negra; em seguida lembrou a todos que o
MinC extinguiu o Colegiado Nacional Setorial do Audiovisual e que a
luta pelo colegiado deveria estar em nossa pauta, informou que como
conselheiro do CNPC havia se pronunciado na última reunião do
conselho, junto com o Davy, reforçado a solicitação do Luiz
Alberto Cassol, de retomada do colegiado. Francisco Weyl pediu a
palavra e reforçou a necessidade do MinC reavaliar essa exclusão e
recriar o colegiado extinto, e terminou falando do custo amazônico e
que além de investimentos em filmes afro-brasileiros, que o fomento
estatal em produção de filmes amazônidas também era inexistente,
e que a produção cinematográfica brasileira era por demais
concentrada no centro-sul, sem contar que os editais para cineclubes
não previam o contexto de comunidades ribeirinhas e não incluíam,
por exemplo, geradores de energia elétrica para lugares onde a rede
elétrica ainda não chegou. Maicon Meireles falou como organizador
de festivais e apresentou as dificuldades de realizar o “Curta
Carajás” em uma cidade de interior do Pará, estado da Amazônia,
destacando a necessidade de políticas diferenciadas para a região.
Em seguida, Maicon perguntou se alguém mais queria avaliar ou propor
diretrizes de políticas cineclubistas, e diante da negativa informou
que essa avaliação da AG seria encaminhada para a diretoria do CNC
e também iria subsidiar os diálogos cineclubistas que estão
previstos para ocorrer em várias cidades paraenses nos meses de
outubro e novembro, como parte da III JOPACINE. Maicon, então
solicitou a Arthur Leandro que conduzisse o processo eleitoral.
Arthur começou informando que havia recebido a indicação e
candidatura de Luah Sampaio Nogueira pelo Cineclube GEMPAC/ de
Belém/PA; de Darlan Guedes, pelo Cineclube Canoa/AM, de Cláudio
Chaves Lavôr pelo Cineclube da ABD&C de Roraima; Patrícia
Simonely pelo Cine Ói e Ôiça de Audiovisual, de Altamira/PA. Disse
que o cineclube da ABDeC que indicou o Lavor por Roraima, havia se
filiado no mesmo dia da indicação, e que foi ler o estatuto para
procurar se haveria impedimentos, e quando foi relatar o caso para a
diretoria para não haver dúvidas, encontrou uma troca de emails
entre diretores que explicavam que nada impedia que cineclubes recém
filiados pudessem indicar conselheiros representantes e que,
portanto, Cláudio Lavor estava pugnado para concorrer ao Conselho de
Representantes. Arthur informou, ainda, que até o presente momento
não havia recebido nenhuma comunicação de cineclubes de Tocantins
e nem do Acre, disse que havia provocado cineclubistas do Amapá para
que indicassem representante, mas que mesmo assim o Amapá não
mandou a indicação de nome, e que havia recebido email de
cineclubes de Rondônia informando que eles se reuniriam para definir
um nome, mas que não recebeu a decisão dessa reunião e nem sabe se
ela já ocorreu, e por isso pediu a plenária para conceder alguns
dias de prazo para que os cineclubistas de Rondônia indicassem um
nome. A proposta foi acatada pela plenária com a ressalva de que
esse prazo é até a terça-feira, dia 17 de setembro de 2013, e
apenas para o estado de Rondônia, e que com a possibilidade de vir
essa indicação, chegaríamos aos quatro delegados de quatro estados
que uma única AG poderia eleger e, caso não venha, a indicação de
titulares será: 2 do Pará, 1 do Amazonas e 1 de Roraima; e caso
venha, uma das duas candidatas do Pará passa para a condição de
suplente. Antes de iniciar o processo de votação, Arthur disse que
havia se manifestado publicamente pela candidatura da Patrícia
Simonely, de Altamira, mas que ela havia respondido que não teria
interesse nesse momento, e que por isso havia articulado entre os
cineclubes de Belém uma outra candidatura, chegando ao consenso de
vários cineclubes em torno da candidatura da Luah, mas que qualquer
que fosse a decisão na sua opinião estaríamos bem representados,
colocado em votação, Luah recebeu nove votos(09) e Patrícia
recebeu um voto. Francisco Weyl pediu declaração de voto e explicou
que, apesar de haver participado das reuniões e concordado com o
consenso que indicou a candidatura da Luah, ele gostaria de, com esse
voto, declarar o apreço e o reconhecimento que os cineclubes de
Belém tem pelo trabalho que o Oi e Ôiça desenvolve em Altamira.
Encerrada a votação de titulares, Arthur alertou que é preciso
indicar quatro suplentes também, e a plenária indicou e acatou que
sejam Mametu Nangetu (Oneide Monteiro Rodrigues) pelo Cineclube
Nangetu, Mametu Muagile (Elizabeth Leite Pantoja) pelo Cinecube ti
Bamburucema e Isabela do Lago pelo Projeto Resistência Marajoara.
Não havendo mais nada a decidir, a plenária indicou o
encaminhamento de lançar a plataforma de votação virtual na
quarta-feira, dia 18 de setembro, apemas com os nomes dos candidatos
a conselheiros representantes titulares. Por fim, Arthur Leandro e
Maicon Meireles agradeceram a presença de todos e encerraram a
reunião, e por ser a expressão da verdade, eu, Francisco Weyl,
secretário da PARACINE e Diretor Adjunto de memória do CNC, lavrei esta ATA que segue assinada por
mim e anexada a lista de freqüência. Belém, 13 de setembro de
2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário