quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Assembléia de Cineclubes da Região Norte escolhe representantes.




CONSELHO NACIONAL DE CINECLUBES, DIRETORIA REGIONAL NORTE E
PARACINE - FEDERAÇÃO PARAENSE DE CINECLUBES

ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL DE CINECLUBES DA REGIÃO NORTE DO BRASIL.
Cineclubes presentes:
rede [aparelho]-: - Arthur Leandro
Labirinto Cinema Clube - Maicon Meireles;
Cineclube Resistência Marajoara - Isabela do lago;
Cineclube AMAZONAS DOURO - Francisco Weyl;
Cine GEMPAC - Luah Sampaio;
Cineclube ti Bamburucema - Mametu Muagile;
Cineclube GERMA - João Simões;
Cineclube da ARCAXA - Domingos Conceição;
Cineclube Nangetu - Mametu Nangetu;
Cineclube ACAOÃ - Babá Tayando

Coordenação da Reunião: MAICON MEIRELES / ARTHUR LEANDRO
Relator: FRANCISCO WEYL
Às dezessete horas do dia treze de setembro de dois milm e treze, na sede do Cineclube Nangetu , se reuniram representantes de dez cineclubes paraenses para em plenária de Assembléia Geral – AG, decidir sobre a escolha de representantes de cineclubes de estados da região norte do Brasil. Arthur Leandro, diretor regional norte do Conselho Nacional de Cineclubes, pediu que se formasse uma roda para que, sem hierarquias de uma mesa, pudessem conversar e chegar a decisões consensuais, e convidou o presidente da PARACINE, Maicon Meireles do Labirinto Cinema Clube de Parauapebas/PA, para junto com ele conduzir os trabalhos da AG, e convidou o secretário da PARACINE e diretor adjunto de memória do Conselho Nacional de Cineclubes, Francisco Weyl, para secretariar e relatar a reunião. Em seguida, Arthur solicitou que a anfitriã, Mametu Nangetu, fizesse uma saudação de acolhimento aos cineclubistas presentes, e ela emanou Ngunzos com suas palavras, fazendo vibrar a força da energia africana de origem Bantu para que o cineclubismo continue firme na sua resistência pela diversidade e pela democracia na cultura brasileira e mundial. Em seguida, Arthur explicou que: a) a AG tem o objetivo específico de debater diretrizes para a política pública cultural para o cineclubismo e escolher titulares e suplentes para o Conselho de Representantes do Conselho Nacional de Cineclubes, para exercer mandato pelo período de um (01) ano, a contar de novembro de 2013; b) a diretoria regional norte do CNC convocou AG geral regional de cineclubes e que a proposta foi encampada pela Federação Paraense de Cineclubes – PARACINE, e que, portanto, as duas organizações vão conduzir o processo; c) que a PARACINE tem mais de 50 cineclubes associados; d) que o Estado do Pará tem sessenta e dois cineclubes filiados ao CNC e de todos os estados da Amazônia é o único que tem quorum para indicar representantes, e que, sem esse apoio solidário, os demais estados estariam excluídos; e) as distâncias geográficas da Amazônia impossibilitam uma reunião presencial com todos os cineclubes e favorecem a realização da AG presencial, itinerante e virtual, para que sejam garantidas a participação dos cineclubistas de diversos municípios da região neste processo; e f) a escolha dos representantes vai privilegiar a diversidade de origem e primar por um representante de cada estado. E, diante de todo esse contexto, propôs a instalação de um “estado de assembléia geral permanente” com prazo final para 23:59 do dia 28 de setembro, período em que é possível mobilizar os cineclubes da região para a votação pela plataforma na internet e. Clm isso, ter quorum para a indicação de conselheiros representantes do CNC em 4 estados, tendo a plenária aprovado a proposta por aclamação. Em seguida, Maicon pediu a conferência de quorum através das assinaturas da lista de presentes, conferiu-se dez cineclubes presentes, quorum suficiente para a escolha de um representante naquele momento, sendo verificado que a maioria dos presentes era da Rede de Cineclubes de Terreiro, os quais naquele momento aguardavam para participar da Conferência Livre de Culturas Afro-brasileiras no mesmo local. Em seguida, Maicon abriu o diálogo cineclubista contextualizando as ações que a diretoria da PARACINE vem desenvolvendo há um ano e meio, desde a eleição na II Jornada Paraense de Cineclubes em novembro de 2012, e disse que essa discussão já é uma etapa da jornada estadual e por isso instalou naquele momento o primeiro diálogo cineclubista da III Jornada Paraense de Cineclubes/ III JOPACINE. Em seguida ele abriu para a manifestação para avaliação e proposição de política pública para cineclubes. Neste momento Mametu Nangetu falou da experiência dos cineclubes de terreiro como processo de resistência, e disse que os governos deveriam ter um olhar diferenciado para as comunidades e povos tradicionais para que essas comunidades posam contribuir com a difusão do cinema brasileiro e ao mesmo tempo oferecer cultura e opções de lazer para a população da periferia. Mametu Muagilê do Cineclube ti Bamburucema acrescentou que o Programa Cine Mais Cultura, que possibilitou a criação ou o fortalecimento dos muitos dos cineclubes que se consolidaram em Belém e no Pará, não aceitava inscrição de grupos informais, e que isso impossibilitou muitos terreiros e comunidades negras de participar desse processo, e concluiu dizendo que é preciso que as ações de política pública respeitem a informalidade que impera entre os agentes culturais populares e tradicionais e que os editais aceitem a realidade como ela é. Arthur aproveitou as falas de cineclubistas da rede de terreiros e acrescentou que além de políticas de criação e incentivos para cineclubes, era necessário investir em produção de filmes com o protagonismo e abordagem de temática de comunidades de terreiros e da população negra; em seguida lembrou a todos que o MinC extinguiu o Colegiado Nacional Setorial do Audiovisual e que a luta pelo colegiado deveria estar em nossa pauta, informou que como conselheiro do CNPC havia se pronunciado na última reunião do conselho, junto com o Davy, reforçado a solicitação do Luiz Alberto Cassol, de retomada do colegiado. Francisco Weyl pediu a palavra e reforçou a necessidade do MinC reavaliar essa exclusão e recriar o colegiado extinto, e terminou falando do custo amazônico e que além de investimentos em filmes afro-brasileiros, que o fomento estatal em produção de filmes amazônidas também era inexistente, e que a produção cinematográfica brasileira era por demais concentrada no centro-sul, sem contar que os editais para cineclubes não previam o contexto de comunidades ribeirinhas e não incluíam, por exemplo, geradores de energia elétrica para lugares onde a rede elétrica ainda não chegou. Maicon Meireles falou como organizador de festivais e apresentou as dificuldades de realizar o “Curta Carajás” em uma cidade de interior do Pará, estado da Amazônia, destacando a necessidade de políticas diferenciadas para a região. Em seguida, Maicon perguntou se alguém mais queria avaliar ou propor diretrizes de políticas cineclubistas, e diante da negativa informou que essa avaliação da AG seria encaminhada para a diretoria do CNC e também iria subsidiar os diálogos cineclubistas que estão previstos para ocorrer em várias cidades paraenses nos meses de outubro e novembro, como parte da III JOPACINE. Maicon, então solicitou a Arthur Leandro que conduzisse o processo eleitoral. Arthur começou informando que havia recebido a indicação e candidatura de Luah Sampaio Nogueira pelo Cineclube GEMPAC/ de Belém/PA; de Darlan Guedes, pelo Cineclube Canoa/AM, de Cláudio Chaves Lavôr pelo Cineclube da ABD&C de Roraima; Patrícia Simonely pelo Cine Ói e Ôiça de Audiovisual, de Altamira/PA. Disse que o cineclube da ABDeC que indicou o Lavor por Roraima, havia se filiado no mesmo dia da indicação, e que foi ler o estatuto para procurar se haveria impedimentos, e quando foi relatar o caso para a diretoria para não haver dúvidas, encontrou uma troca de emails entre diretores que explicavam que nada impedia que cineclubes recém filiados pudessem indicar conselheiros representantes e que, portanto, Cláudio Lavor estava pugnado para concorrer ao Conselho de Representantes. Arthur informou, ainda, que até o presente momento não havia recebido nenhuma comunicação de cineclubes de Tocantins e nem do Acre, disse que havia provocado cineclubistas do Amapá para que indicassem representante, mas que mesmo assim o Amapá não mandou a indicação de nome, e que havia recebido email de cineclubes de Rondônia informando que eles se reuniriam para definir um nome, mas que não recebeu a decisão dessa reunião e nem sabe se ela já ocorreu, e por isso pediu a plenária para conceder alguns dias de prazo para que os cineclubistas de Rondônia indicassem um nome. A proposta foi acatada pela plenária com a ressalva de que esse prazo é até a terça-feira, dia 17 de setembro de 2013, e apenas para o estado de Rondônia, e que com a possibilidade de vir essa indicação, chegaríamos aos quatro delegados de quatro estados que uma única AG poderia eleger e, caso não venha, a indicação de titulares será: 2 do Pará, 1 do Amazonas e 1 de Roraima; e caso venha, uma das duas candidatas do Pará passa para a condição de suplente. Antes de iniciar o processo de votação, Arthur disse que havia se manifestado publicamente pela candidatura da Patrícia Simonely, de Altamira, mas que ela havia respondido que não teria interesse nesse momento, e que por isso havia articulado entre os cineclubes de Belém uma outra candidatura, chegando ao consenso de vários cineclubes em torno da candidatura da Luah, mas que qualquer que fosse a decisão na sua opinião estaríamos bem representados, colocado em votação, Luah recebeu nove votos(09) e Patrícia recebeu um voto. Francisco Weyl pediu declaração de voto e explicou que, apesar de haver participado das reuniões e concordado com o consenso que indicou a candidatura da Luah, ele gostaria de, com esse voto, declarar o apreço e o reconhecimento que os cineclubes de Belém tem pelo trabalho que o Oi e Ôiça desenvolve em Altamira. Encerrada a votação de titulares, Arthur alertou que é preciso indicar quatro suplentes também, e a plenária indicou e acatou que sejam Mametu Nangetu (Oneide Monteiro Rodrigues) pelo Cineclube Nangetu, Mametu Muagile (Elizabeth Leite Pantoja) pelo Cinecube ti Bamburucema e Isabela do Lago pelo Projeto Resistência Marajoara. Não havendo mais nada a decidir, a plenária indicou o encaminhamento de lançar a plataforma de votação virtual na quarta-feira, dia 18 de setembro, apemas com os nomes dos candidatos a conselheiros representantes titulares. Por fim, Arthur Leandro e Maicon Meireles agradeceram a presença de todos e encerraram a reunião, e por ser a expressão da verdade, eu, Francisco Weyl, secretário da PARACINE e Diretor Adjunto de memória do CNC, lavrei esta ATA que segue assinada por mim e anexada a lista de freqüência. Belém, 13 de setembro de 2013.

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