quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

O branco e os que acham que são brancos, nunca saberão o que é o racismo! Desabafo de Vandilson Alves em redes sociais

Publico duas postagens de Vandilson Alves nas redes sociais. Mesmo sem saber exatamente o que o provocou a se manifestar, vale a pena ler e divulgar.



  O branco e os que acham que são brancos, nunca saberão o que é o racismo, não importa o quanto leiam, o quanto assistam filmes e documentários, porque não são Negros, porque não precisam andar mais bem vestidas que as outras pessoas, mais bem perfumadas, mais bem aplicadas sobre as regras de etiqueta básica para serem vistas como "uma boa pessoa", ou um "bom sujeito". Nunca saberão o que é o racismo porque não precisam tirar nota dez, o tempo todo, nas escolas para que alguém diga: "esse cara é BOM". Enquanto, na realidade, talvez esta aluna ou aluno sejam OS MELHORES da turma. Nunca poderão entender o que se sente ao ouvir o diálogo de dois favelados, de dois moradores de uma periferia, ambos pobres, quando um deles diz para outro: "Sou pobre que nem você, mas, pelo menos, sou branco. E tu, que é preto e 'fudido'?". Estas e outras práticas racistas estão sendo divulgadas, de forma subliminar, durante vinte e quatro horas na programação de TV, em panfletos e vitrines, em serviços de atendimento ao público, e até mesmo em prestadores de serviço público em todas as esferas de poder. Por mais que se divulgue nas redes sociais, por mais que se grite, nunca saberão o que a gente sente, pois quem sente a dor é quem geme.

Marquei a pessoa errada na resposta, minha intenção era marcar você, mas já percebestes isto.
Nenhum preconceito ou ato discriminatório é menos pior que outro, porém compreender o que é, debater, consultar e deliberar acerca do racismo é bem diferente de sentir, vivenciar, saber como é e onde dói cotidianamente.
Não me discriminam pelo o que penso, pelo o que acredito, pelo o que faço, pelo que visto, pelo que como e bebo, porém, passam a discriminar tudo isto em uma pessoa se ela for negra. Mesmo calado, mesmo aceitando tudo e "vivendo uma vida normal" (Outro grupo de palavras, no mínimo, infeliz que você escreveu, pois se sociabilizar para ser aceito por brancos não é uma vida normal), mesmo assim, tudo que as pessoas de pele preta buscam e almejam, nesta nossa sociedade cínica e dissimulada, tem um "Não" bem grande na frente, muito bem camuflado, porém muito bem grifado.
Então não me venha com está de sociabilizar, de vida normal e de que entende o que é racismo porque também sofre preconceitos por ser ateu, pois é muito menos danoso ao indivíduo, seja emocionalmente, psicologicamente, socialmente quando ele sabe de onde vem o tiro.
Os meus algozes me abraçam; sentam ao meu lado nos transportes coletivos; nos bancos de escolas e universidades, não obstante comem do legado culinário dos meus antepassados; consomem a cultura, a música e os símbolos de resistência produzidos, outrora em senzalas, hoje em guetos e favelas, que, no entanto, manchadas de branco são largamente comercializadas e distribuídas para todo território global; fazem, até os dias de hoje, plantações inteiras de acordo com os ensinamentos dos povos sequestrados do continente africano, que naquela ocasião já faziam pecuária, agricultura, cultivo e manejo do solo, ou seja, mão de obra qualificada e especializada, técnicas até hoje utilizadas, levando diariamente alimento à mesa dos brasileiros; Influência no idioma, Influências nas vestes, o chão que o Brasil pisa é ladrilhado pelo sangue e suor daqueles de quem eu herdei a Cor, o Sorriso, o Corpo e Alma.
E você vem me falar em "sociabilizar com os brancos para poder crescer na vida e ter uma vida normal", Ora, Faça-me um favor!
A minha Religião é inclusiva, a minha religião é feita em comunidade, e mesmo com toda perseguição e preconceito, modificamos a realidade dos entornos dos nossos Ilê Axé, nossas portas são abertas, então não venha me falar de sociabilizar, não venha me falar que quando eu sofro preconceito e reajo é porque sou revoltado, deslocado, anormal ou anti social, não me diga que é coisa da minha cabeça ou que estou levando as coisas muito à sério ou para o lado pessoal. Eu não estou levando, é pessoal.
Meu povo, vendam seus objetos, vendam seus conhecimentos, vendam seus corpos, mas não vendam a sua memória, não vendam suas consciências, não vendam seu passado e nem o seu futuro.
Se for pra ponta do lápis é mais meu do que teu, e talvez se eu fosse o colonizador seria bem melhor... Pronto desabafei!





Marquei a pessoa errada na resposta, minha intenção era marcar você, mas já percebestes isto.Nenhum preconceito ou...
Posted by Vandilson Alves on Quarta, 23 de dezembro de 2015

domingo, 13 de dezembro de 2015

Diálogo com Silvia Rodrigues Conselheira de Arquitetura e Urbanismo no C...


Num determinado momento um concorrente falou: "neste colegiado só entram arquitetos! Mas aí tiveram outros que acolheram e defenderam a necessidade de termos o movimento social presente na discussão da cultura do habitar". Silvia Rodrigues, Colegiado de Arquitetura e Urbanismo do CNPC/ MINC.



Conversa com Silvia Rodrigues
Colegiado de Arquitetura e  Urbanismo

Avaliação da participação de
delegados negros na eleição do Conselho
Nacional de Política Cultural do
Ministério da Cultura


Promoção:
FESCAB - Fórum Estadual Setorial
de Culturas Afro-brasileiras

Parcerias
Instituto Nangetu
AFAIA
ACIYOMI
Movimento MOCAMBO
IBANCA
REATA - Rede Amazônica de
Tradições de Matriz Africana
CEDENPA
QUILOMBO DA REPÚBLICA

webTV Azuelar
Projeto Azuelar
Ponto de Mídia Livre
Instituto Nangetu

Belém
dezembro
2015

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Roda de avaliação do processo eleitoral para o Colegiado de Culturas Afro-brasileiro CNPC MINC.

Mametu Muagilê, Ekedy Janete e Babá Omioryan, que foram delegados natos para o Fórum Nacional Setorial de Culturas Afro-brasileiras, particviparam de uma roda de avaliação do processo eleitoral para composição dos colegiados setoriais do Conselho Nacional de Política Cultural para o biênio 2015 -17.
Criticaram a organização do evento, principalmente nas questões de transporte, hospedagem e acessibilidade de idosos e pessoas com deficiência
Quanto ao debate político, falaram de ânimos exaltados e desrespeito a atuação dos membros do primeiro mandato de representação social no colegiado de culturas afro-brasileiras, de racismo institucional e divulgação de falsas informações por parte da gestão do Ministério da Cultura.
Por fim, ainda há a participação especial de Táta Kinamboji (Arthur Leandro), que foi o representante das culturas negras brasileiras no pleno do CNPC de dezembro de 2012 a dezembro de 2015, criticando a gestão do MinC. Para ele os membros da atual gestão do ministério da cultura usaram de violência de estado, inclusive violência midiática, para escamotear a incompetência da gestão pública e imputar aos representantes da sociedade nas instâncias de diálogo e controle social, a responsabilidade da ausência de diretriz de políticas culturais públicas para as culturas afro-brasileiras.
Lembramos, mais uma vez, ao ministério da cultura, que isso é racismo institucional.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Roda de conversa com Mametu Nangetu - avaliação da eleição pro CNPC MINC

Para Mametu Nangetu a participação de todos os povos tradicionais que se candidatassem, deveria ser diferenciada. Citou o processo eleitoral do colegiado de culturas indígenas e perguntou ao Ministério por que os outros povos tradicionais não tiveram o mesmo tratamento que os indígenas.
O povo tradicioal de matriz africana tem dificuldade de acesso a computador e à internet e a exclusão dgital afastou o povo negro dessa eleição. Foi um processo em que ela se sentiu agredida: agredida pelo processo, agredida pela falta de conforto e acessibilidade na hospedagem, e agredida por perceber a fraude no processo de cotas.
Mametu reclama da ocupação do colegiado do patrimônio imaterial por pesquisadores acadêmicos, e fala da necessidade do protagonismo dos mestres de conhecimentos tradicionais.

 

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Roda de avaliação com Isabela do Lago - eleição no CNPC MINC

Para Isabela, as cotas foram um 'gargalo' para a cultura do 'macho branco', e o MinC vai ter de responder copolíticas culturais de combate ao racismo.

 

Conversa com Isabela do Lago

Avaliação da participação de 
delegados negros 
na eleição do Conselho Nacional 
de Política Cultural do 
Ministério da Cultura


Promoção:
FESCAB - Fórum Estadual Setorial 
de Culturas Afro-brasileiras

Parcerias
Instituto Nangetu
AFAIA
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Belém
dezembro
2015

sábado, 5 de dezembro de 2015

Roda de Conversa com Pai Delmiro Freitas - avaliação eleição CNPC MINC

Pai Delmiro Freitas de Iyemanjá foi delegado para o Fórum Nacional de Dança do Conselho Nacional de Política Cultural pelo estado de Roraima. Nesta conversa, que foi gravada no aeroporto de Brasília, ele avalia a participação dos delegados negros e representantes de culturas de matriz africana na eleição para a representação social no conselho nacional. Pai Delmiro denuncia o 'bloqueio' que a elite branca promove à participação da representação das culturas negras no Ministério da Cultura;

 





quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Sobre a eleição no Colegiado de Patrimônio Imaterial, da Claudete Machado.


Peço desculpas as pessoas pela demora em escrever este texto. Recebi várias ligações me cobrando. Eu demorei porque precisei de um tempo para conversar com Exu, pois é quem rege sobre as mudanças, o dinamismo, as transformações e renovação do mundo. Eu precisava tentar entender mesmo que tardiamente seus sinais e sua comunicação – a qual nem sempre procuro observar e nem sempre compreendo no momento certo. O que faz com que, na maioria das vezes, eu não aceite a realidade. Eu precisava conversar com o meu silêncio e conversar com as muitas vozes ao redor, além da voz do sábio silêncio, para conseguir perceber os fatos, compreender a realidade e transformar os fatos em sabedoria e ter serenidade para aceitar e compreender, inclusive, as coisas que não aceito e os fatos que me causam e causaram ascos e repugnância.
Agradecer pela oportunidade que tive de perceber coisas que eu não entenderia se não tivesse ficado (contra minha vontade) longe dos meus pares e junto com pessoas de outra região, mesmo sem aceitar. Só assim consegui ver, ouvir, sentir e perceber coisas que não perceberia se não estivesse no lugar certo e na hora certa. Haja vista que tivemos oportunidade de trazer a Vaga de Titula para o Amapá, caso fôssemos desprovida de escrúpulos e não tivéssemos firmeza de caráter e princípios éticos nas relações políticas. Caso aceitássemos fazer o jogo do vale tudo pelo poder. Caso nossas propostas de políticas publicas não estivessem pautadas em trabalho sério, democrático, inclusivo e de uma política cultural que atenda as necessidades da realidade do estado do Amapá, propostas de mudanças que justifiquem o direito à cidadania e de um plano de ações para o Setorial de Patrimônio Imaterial com a cara do Brasil, com a cara das regiões brasileiras e com a cara dos estados brasileiros. Assim sendo, nos mantemos firmes, lutamos até o final, mas não mudamos de posição nas chapas (pois nosso setorial decidiu fazer eleição por chapa fechada. No bate chapa). Não mudamos de lado (posição política) em troca do poder pelo poder. Haja vista que a chapa que apoiamos representou nossos ideais de renovação, de mudanças e de valores os quais defendemos com ética, respeito ao outro e garantia dos princípios democráticos e por um trabalho sério para o Patrimônio Imaterial Brasileiro. Uma vez que a chapa que venceu as eleições vem de um processo de continuísmo, de poder pelo poder (o que representou a eleição atual, biênio 2016-2017). Além de relações de um poder hierarquizante, autoritário, antidemocrático, de uma cultura branca, racista, machista, alienante, com valores burgueses e individualistas. O que não confere com os nossos ideais e nem com as nossas práticas.
Assim sendo, nesta eleição biênio 2015-2016 o Setorial de Patrimônio Imaterial Brasileiro saiu dividido em dois grupos de força política. O que significou os titulares e os suplentes. E o que venceu em todo o processo eleitoral não foi o Patrimônio Imaterial Brasileiro. Na verdade, o que venceu as eleições foi às lutas de permanência no poder. O jogo do vale tudo na política e os pactos parcimônias e afetuosos e relações de “confiança” entre os burocratas do governo e os representantes da sociedade civil “organizada” que jogaram na regra do jogo de conveniências de relações com o poder. Ao mesmo tempo, em que eclodiam relações momentâneas de atrito com o governo, quando os conselheiros “representantes da sociedade civil organizada já sem mandatos” se sentiam numa posição bastante desconfortável quando os setores burocráticos governamentais os deixaram sozinhos, rompendo com as relações parceiras que foram construídas no período de mandato dos mesmos.
No contexto da divisão “política” do setorial nosso grupo político ficou como suplente, ou seja, ficamos como Suplente na representação do Amapá no Setorial de Patrimônio Imaterial, após fazermos uma união forte entre NORTE E NORDESTE e algumas adesões das demais regiões; com pessoas com propostas de mudanças semelhantes as nossas. Assim sendo, foram muitas as razões que motivaram nossa adesão política com a união Norte e Nordeste, o que significou bater de frente com as estruturas já postas e consolidadas do setorial. Para não nos estendermos vamos apresentar apenas algumas. Assim sendo, transcrevemos abaixo trechos copiados na íntegra do Memorial Biênio 2012-2014 que perdurou até 2015, apresentado pelo CNPC/SNC/Minc.
1- “O COLEGIADO DE PATRIMÔNIO IMATERIAL NÃO TEM PLANO SETORIAL PRÓPRIO, ATÉ O PRESENTE MOMENTO” (esta grafado em destaque no memorial que nos foi entregue pelo SNC/Minc).
2- Apontaram no documento que no contexto do Setorial de Patrimônio Imaterial há um “Sentimento quase unânime (...) de que o atingimento de suas deliberações e manifestações foi aquém do necessário, em relação à sociedade mais ampla”.
3- “Identificação de certa descontinuidade nas discussões das pautas, entre as reuniões. Perda de rumo da parte do grupo, cujos trabalhos, em alguma medida, se perdiam e eram defasados em função disso”;
4- “Discussão sobre o recorte de atuação frente à realidade social pelo colegiado: esse diria respeito apenas a determinados aspectos e manifestações da cultura, e não a tudo”.
Além desses pontos apresentados no relatório, os demais pontos foram:
1- A apresentação dos nomes dos conselheiros e de suas representatividades, o que é omisso e/ou protegido nos documentos do MINC, ao ponto de não sabermos quem são os “nossos” representantes e quais as suas lutas (antes de participar das eleições no Fórum Nacional).
2- As recomendações e monções dos conselheiros biênio 2013-2014 que perdurou até 2015 refletem muito bem o que diz o relatório: sobre deliberações e manifestações aquém do necessário em relação ao todo da sociedade brasileira de norte a sul, sobre o foco do colegiado em apenas, determinados aspectos e determinadas manifestações da cultura, e não ao conjunto do Patrimônio Imaterial, uma vez que o setorial trabalha e deve se comprometer com todos os demais segmentos que trabalham com saberes, conhecimentos e fazeres, ou seja, com todos os segmentos populares.
Levando em consideração aos fatos apresentados acima e levando em consideração o que observamos nos embates e conflitos internos do grupo, que em todo o processo tentavam nos enfiar de goela abaixo que fizeram um bom trabalho e que tais falhas “se é que isto são falhas” nos dizeres deles, as responsabilidades recaíam nas estruturas burocráticas governamentais do Minc (segundo eles). Acrescentavam dizendo que o Setorial tem plano sim, porém, não apresentaram o plano. Bateram o tempo todo na mesa dizendo que o Setorial tem um plano que eles fizeram, e que iriam apresentar. No entanto não apresentaram, haja vista que o tempo que poderiam usar para justificar com propriedade e provas suas queixas era utilizado para chorar literalmente pelo fato do governo ter apresentado um relatório explorando as fragilidades do grupo, ou seja; dos “representantes da sociedade civil organizada”, apontando falhas de suas participações e envolvimentos no Setorial, o que, de acordo com minhas observações e interpretação contextualizada, não acontecia no decorrer do mandato, quando as relações entre representantes do governo e grupo da sociedade civil eram parceiras, afetuosas e de confiança. Segundo minhas observações.
Outra questão é a forma e negligência com que o grupo do poder lida com o patrimônio imaterial não registrado dos estados. Ou seja; conselheiros natos que venceram as eleições sem uma discussão qualificada, fazendo apenas algumas mudanças nas peças do jogo para vencer a eleição e conquistar o poder. Sem a preocupação de uma política que possa possibilitar pesquisa, registro e fomento inclusive, aos patrimônios registrados. Fato que nos deixou chocada e indignada.
Tudo isso não aceitamos e por isso nos recusamos fazer parte desse jogo. E, como suplentes, numa chapa Norte e Nordeste, saímos unidos. Criamos uma rede de discussão. Estamos planejando fazer intercâmbio entre os estados dos suplentes. Discutir uma política cultural para o Patrimônio Imaterial Brasileiro através de reuniões entre os estados. E buscar condições para agirmos por fora dessa estrutura de poder excludente e inoperante.


Originalmente publicado no facebook.


Peço desculpas as pessoas pela demora em escrever este texto. Recebi várias ligações me cobrando. Eu demorei porque...
Posted by Claudete Nascimento Machado on Quinta, 3 de dezembro de 2015

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Conversa com Rusevelt Santos - avaliação eleição CNPC MINC.





Conversa com Rusevelt Santos

Avaliação da participação de
delegados negros
na eleição do Conselho Nacional
de Política Cultural do
Ministério da Cultura


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Belém
30 de novembro
2015