sábado, 26 de setembro de 2015

#ArthurKinamboji nas #ARTESVISUAIS do CNPC/MinC;

Eu, Arthur Leandro, Tata Kinamboji sou candidato ao colegiado de artes visuais pelo estado do Pará. 

VOTAÇÃO TERMINA NO SÁBADO DIA 26 DE SETEMBRO DE 2015.

todos os cidadãos brasileiros residentes em qualquer lugar do mundo  e maiores de 16 anos podem participar da eleição e podem votar.
Para votar em ARTHUR LEANDRO/ TATA KINAMBOJI, se cadastre eleitor em artes visuais pelo estado do Pará neste link - http://cultura.gov.br/votacultura/

precisa FAZER ASSIM....
escolher o ESTADO DO PARÁ e a setorial de ARTES VISUAIS. e depois
1. coloque seu cpf
2 coloque seu email
3. defina sua senha
4. aceite as condições e.... PRONTO, você está cadastrado como eleitor e aguarde o dia de votação


ARTHUR LEANDRO/ TÁTA KINAMBOJI
Defesa do candidato:
Defesa de políticas afirmativas na cultura e o fomento e valorização da produção de visualidade com identidade afro-brasileira e amazônica, arte georeferenciada e com identidade etnica e racial.
Experiência:
Kissikar’Ngoma ria Nzumbarandá ria Mansu Nangetu. Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela UFPA (1992) e mestre em Artes Visuais pela UFRJ (2000). Atualmente é professor da Universidade Federal do Pará. Artista. Coordena projetos com artistas de terreiro.

Para saber da atuação de Arthur


Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Pará (1992) e Mestre em (História da Arte) Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000). Atualmente é professor da Universidade Federal do Pará, Colaborador do Instituto Nangetu de Tradição Afro-religiosa e Desenvolvimento Social, Táta KisikarNgomba ria Mansu Nangetu, Colaborador da Federação Paraense de Cineclubes, Colaborador da ACESB Embaixada de Samba do Império Pedreirense, Conselheiro titular no Colegiado de Culturas Afro-brasileiras do Ministério da Cultura, Representante das Culturas Afro-brasileiras no Conselho Nacional de Política Cultural do Ministério da Cultura e diretor regional norte do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em CULTURA, atuando principalmente nos seguintes temas: culturas afro-brasileiras, arte contemporânea, linguagens visuais, vivências, vídeo e intervenção urbana.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Carta aberta - sobre a eleição do CNPC/ MinC.

Ao povo tradicional de terreiros de matriz africana, aos quilombolas e população negra urbana.
pira paz, eu não quero mais....
cheguei no limite do stress e eu vou jogar a toalha...

Apenas como uma prestação de contas....
Nós pedimos o aumento da representação das culturas negras - 5 cadeiras de conselheiros -, o MinC não deu.
Negociamos cotas nos colegiados existentes, o minc diz que dá e não dá - primerio usa a auto-declaração, e sabemos que a elite vai se auto-declarar "afro-brasileiro" (como está no formulário de inscrição de candidatos), depois exige 101 assinaturas em reuniões presenciais feitas apenas em capitais e sem dar condições de acesso aos povos de comunidades tradicionais resisdentes em lugares distantes e com comunicação reduzida a radios de pilha....
Também negociamos inscrição pelos correisos e por telefone 0800, para dar a chance de concorrencia a quilombolas e para a população que não tem acesso à internet, e essa possibilidade estava, inclusive, no edital que foi colocado em consulta pública e não foi confirmado no edital publicado.
A unica forma de participação nessa eleição é a votação virtual, entramos nesse processo e cadastramos candidatos e eleitores, e mobilizamos nosso povo para reuniões presenciais.
A forma que o MinC encontrou de excluir o povo tradicional de terreiros de matriz africana, os quilombolas e a população negra urbana foi identificar os IPs repetidos no registro de eleitores e de votos. cada computador tem um IP, mas os IPs de todos os computadores de um cyber são iguas, e nas comunidades onde há somente um computador disponivel os votos serão invalidados...
Serão invalidados por que o MinC quer que cada eleitor que se cadastrou nessas condições, comprove o seu voto.... quer receber um documento com foto vindo daquele email cadastrado.
Mas quando nós nos cadastramos, o MinC não pediu esse mesmo documento - se tivesse pedido antes, a gente tinha anexado no cadastro, e a plataforma não rejeitava nenhum email inativo.
Sabemos que nas nossas condições de exclusão economica e social, poucos de nós tem computador pessoal e acesso diario a seus emails. Entre nós um unico computador registra bem mais votos que os computadores de brancos da elite, onde cada membro da familia tem a sua própria maquina.
Enfim, esse procedimento adotado pelo ministério não vai alterar nada a composição dos colegiados. Nãe era e não é interesse do MINC enegrecer a cultura brasileira.
Esse sistema é excludente e nada vai mudar.
peço desculpas por te-os feito acreditar na possibilidade de sermos aceitos neste ministério racista.

minha proposta é aquilombaar, e fazer a politica da pilhagem.


domingo, 20 de setembro de 2015

Táta Kinamboji/ Arthur Leandro fala final na entrega PNPI 2014/ IPHAN - Salvador/BA.

Táta Kinamboji/ Arthur Leandro fala final na entrega PNPI 2014/ IPHAN - Salvador/BA. Palácio Rio Branco, Governo da Bahia, em 15 de setembro de 2015. Filmado por Pedro Neto.

domingo, 6 de setembro de 2015

Candidat@s Negr@s Amazônidas aos colegiados técnicos artísticos e do patrimônio cultural do CNPC/ MinC.

Mapeamento de candidat@s negr@s na Amazônia Legal, somos 32 somando os 7 estados do norte e o Maranhão - faltam candidados no Mato Grosso.

Arquiteura e urbanismo - Amapá e Pará
Arquivo - Amazonas
Arte Digital - Pará
Artes Visuais - Amapá, Maranhão e Pará
Artesanato - Pará
Circo - Pará
Culturas Afro-Brasileiras - não listado
Culturas Populares - Roraima
Dança - Acre, Maranhão e Amapá
Design - 
Literatura, Livro e Leitura - Amapá, Pará, Rondônia e Tocantins
Moda - Rondônia
Música - Amapá, Amazonas e Rondônia
Patrimônio Imaterial - Pará e Maranhão
Patrimônio Material
Teatro - Pará

Pedindo apoio para as candidaturas com identidade negra brasileira e que defendem os direitos culturais do povo negro.

Estado do Acre
Setorial de Dança do Acre (AC). Candidata MÃE AWRÁ.Defesa do candidato: Defendo políticas culturais abrangentes e que atendam as demandas sociais da Amazônia. Sou de Xapuri/AC, e nos lugares mais distantes é mais dificil o acesso às politicas públicas. Na cultura aprovamos, em 2010, o custo amazônico, e precisamos fazer essa proposta valer. Também é necessária uma maior atenção para as danças tradicionais afro-amazônicas. Experiência: Autoridade Tradicional de Matriz Africana, Capoeirista. Mestra da dança tradicional de terreiro de matriz africana. Fez parte da comissão organizadora da Oficina Nacional de Elaboração de Políticas Públicas de Cultura para os Povos Tradicionais de Terreiro (2012), e da construção do Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável de povos Tradicionais de Matriz Afrinaca (2013). Ver em http://cultura.gov.br/votacultura/foruns/AC-danca/

Estado do Amapá
Setorial de Arquitetura e Urbanismo do Amapá (AP). Candidata: RENATA MIRANDA - Defesa do candidato: Os motivos que me trazem a optar pela candidatura, são a ausência de candidatos no setor de arquitetura e urbanismo habilitados pelo estado do Amapá, a necessidade da interação com as políticas e culturas em âmbito nacional, bem como o enriquecimento intelectual, cultura pessoal, assim como a possibilidade de fundir as várias formas de cultura à arquitetura. Experiência: Estágio como arquiteta junior na Companhia de Água e Esgoto do Estado do Amapá, auditora em empresa especializada em canteiros de obras, designer de interiores em escritório de arquitetura, pesquisadora em empresa especializada em engenharia consultiva...são algumas de minhas principais experiências. Ver em http://cultura.gov.br/votacultura/foruns/AP-arquitetura-urbanismo/

Setorial de Artes Visuais do Amapá (AP) Candidata ANA VALÉRIA RAMOS DA COSTA - Defesa do candidato: Como artista negra e quilombola, com pesquisa e participação ativa nas Casas Tradicionais de Matriz Africana e pesquisa sobre Memória e identidade região no Cria-ú, defendo a ampliação dos programas de incentivo às artes visuais e o audiovisual para a amazônia, com programas de estímulo à pesquisa/criação artística, comunicação artística, processos educativos e formação continuada do artista. Experiência: Concluinte do curso de licenciatura plena em artes visuais, artista visual, pesquisadora em linguagens visuais, pesquisadora em cultura das casas tradicionais de matriz africana, pesquisadora sobre a memoria e identidade do quilombo do curiaú, experiencia de trabalho artístico com performance fotográfica e intervenções urbanas com arte afro brasileira. Ver em http://cultura.gov.br/votacultura/foruns/AP-artes-visuais/

Setorial de Dança do Amapá (AP)  Candidato LEANDRO BARROS DANTAS Defesa do candidato: Defendo politicas culturais, que valorizem e beneficiem todos os grupos comunitarios,. Sou do estado do Amapa, que não é muito diferente dos outros estados do nosso país que ainda enfrenta preconceitos contra a cultura afro brasileira. Para que haja a valorização e necessario que se mantenha viva as nossas tradições, como: Batuque, Marabaixo, entre outras. Experiência: Dançarino desde os 10 anos de idade, ha 15 anos dançarino da quadra junina, ha 3 anos dançarino e coreografo do grupo Afro religioso Arauto do Axe, coreografo de varios centro educacionais de Santana e Macapa: Crianças Alegres, Sesi, GPC, Valdecy Correa e Rodoval Borges, atualmente dançarino no grupo de dança regional, Simpatia. Ver em http://cultura.gov.br/votacultura/foruns/AP-danca/

Setorial de Literatura, Livro e Leitura do Amapá (AP) – 2 Candidatos FABIO BERNARDO FURTADO  e IVAMAR DOS SANTOS
1.      FABIO BERNARDO FURTADO - Defesa do candidato: Defendo políticas de combate ao racismo e valorização da matriz africana na cultura brasileira, e políticas afirmativas na cultura. Luto por programas especíicos de publicação de livros com literatura afro-brasileira e amazônica que possam dar suporte para a aplicação da Lei 10639/03. Valorizar trabalhos de leitura da intelectualidade negra no Brasil hoje vem se contrapor a visão eurocêntrica Experiência: Graduado em História; Especialista em História e Cultura Africana e Afrobrasileira. Militante do movimento social negro. Contador de estórias africanas, afro-brasileiras e amazônicas. Liderança de terreiro, atua na rede de juventude de terreiros, na REATA - Rede Amazônica de Tradições de Matriz Africana, e na RENAFRO - Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde.
2.      IVAMAR DOS SANTOS. Defesa do candidato: Através da experiência adquirida como ativista cultural, voltado a propiciar o cidadão a ter acesso ao conhecimento, se utilizando do debate a reflexão, promovendo e provocando o inquietamente através da cultura e da literatura como fonte libertadora do cidadão. Acredito que vou contribuir para o CNPC, para o fomento das atividades culturais. Experiência: Venho atuando como agente cultural na cidade de Macapá, junto a Sebo Cantinho Cultural a 8 anos, coordenando atividades na área da literatura, com lançamento de livros, seminários, oficinas culturais ( teatro, poesia, dança, videos ) criação de bibliotecas nas comunidades Quilombola do Amapá, nas áreas ribeirnhas e na periferia de Macapá, com doação de livros e projetos de isentivo a leitura.

Setorial de Música do Amapá (AP)  Candidato JOÃO ATAÍDE SANTANA - Defesa do candidato: Acompanho o desenvolvimento artístico cultural do meu estado e tenho uma indagação, a nossa musica do norte tem um ritmos envolvente e forte, e reivindico por uma política particularizada de circulação nacional a todos os artistas locais, quero participar de uma discussão nacional e nivelar nossa musicalidade, dando visibilidade e ampla divulgação. tenho uma formação para formatar grande projeto. Experiência: sou João Ataíde Santana, interprete e fundador da banda Afroritmos, banda essa que foi premiada em 2010, com o premio preto Ghoes do hip hop brasileiro, premio esse que rendeu um cd denominado .. dos nossos ancestrais, fui ganhador do 6º festival de samba e pagode promovido pela casa de samba com a musica encontros em 98, compositor de duas musicas do CD sambarte e do artista Carlos Pirú. etc..... ver em http://cultura.gov.br/votacultura/foruns/AP-musica/

Estado do Amazonas
Setorial de Arquivos do Amazonas (AM). Candidata MARINETE MARTINS DA SILVA. Defesa do candidato: Sou mulher negra de terreiro trabalho com pesquisa e organização dos arquivos no ILMD/FIOCRUZ-AM, gostaria de participar desse debate para construção de politicas públicas voltadas para mulheres negras e de terreiro. Experiência: SIGDA - DOC. E ARQUIVOS: ASPECTOS CONC. PRÁTICOS. (Carga horária: 12h). INSTITUTO LEÔNIDAS E MARIA DEANE-FIOCRUZ-AM. SIGDA - SISTEMA DE GESTÃO DE DOCUMENTOS E ARQUIVO. (Carga horária: 12h). INSTITUTO LEÔNIDAS E MARIA DEANE-FIOCRUZ-AM. Curso Operacional de Defesa Civil - CODC. (Carga horária: 36h). INSTITUTO : Secretária Nacional de Defesa Civil. Organização, controle de arquivos e servi -  ver emhttp://cultura.gov.br/votacultura/foruns/AM-arquivos/

Setorial de Música do Amazonas (AM) – 3 Candidatos OGÃN ODÉ TÁÝÔ, GLÁUCIO DA GAMA FERNANDES e LAMARTINE SILVA
1.      OGÃN ODÉ TÁÝÔ Defesa do candidato: estou me candidatando para expandir e levar o trabalho que desenvolvo para outros lugares, também promover ainda mas a música afro, o candomblé e as demais formas de nossa etnia sempre levando a nossa  musicalidade, creio que o projeto que desenvolvo em Manaus pode servir de exemplo para outros ou até mesmo ser melhorado com a ajuda dos companheiros. Experiência: Venho desenvolvendo um trabalho com a música afro no ilê asé igìboná igìdewì juntamente com associação de moradarores do bairto onde moro em Manaus, tendo um respaldo no candomblé na etnias yoruba,ministrando cursor de canto, percussão e os dialetos yorubas.
2.      GLÁUCIO DA GAMA FERNANDES Defesa do candidato: Sou Militante do Movimento Negro desde 2007 pelo FOPAAM (Fórum Permanente de Afrodescendentes do Amazonas) como um dos coordenadores . Publiquei artigos na linha de Religiosidade Africana; Currículo do Ensino Religioso na rede pública de ensino e a Presença do Afrodescendente no Ensino Superior. Discuto nas escolas a questão do racismo, discriminação e o preconceito na sociedade amazonense. Experiência: Sou Professor da rede municipal de ensino, Graduado em Ensino Religioso e Pós-graduado em História e Cultura Afro-brasileira. Atualmente frequento um novo curso na Universidade do Estado do amazonas - UEA em Ciências da Religião pelo PARFOR.
3.      LAMARTINE SILVA Defesa do candidato: POR UM CONSELHO QUE SE ORIENTE PELO PRINCIPIO DE COTAS RACIAIS, PAR A A POPULAÇÃO NEGRA, POR POLÍTICAS ESPECIFICAS PARA O SETOR DE MUSICA QUE RESPEITE O PRINCIPIO DA DIVERSIDADE CULTURAL , POR UMA MUSICA QUE OBJETIVE PROVOCAR PROCESSO FORMATIVOS ATRAVÉS DE PROJETOS EDUCACIONAIS EM ESCOLAS E PONTOS DE CULTURA, POR UM FUNDO NACIONAL PARA O SETOR POR UM PLANO NACIONAL ESPECIFICO PARA O SETOR Experiência: LAMARTINE SILVA, CONHECIDO NA MÚSICA COMO NEGRO LAMAR, RAPPER, MC, FUNDADOR DO MOVIMENTO HIP HOP EM DOIS ESTADOS MARANHÃO E PIAUÍ, ARTICULADOR CULTURAL DE UMA ORGANIZAÇÃO NACIONAL DE HIP HOP DE NOME MHHOB, JA ESTEVE NO CONSELHO NACIONAL DE CULTURA E JUVENTUDE, ATUALMENTE DESENVOLVE AÇÕES DE CULTURA NEGRA E HIP HOP NA CIDADE DE MANAUS, DISCOTECA FESTAS DE MUSICA NEGRA(RAP E REGGAE),

Estado do Maranhão
Setorial de Artes Visuais do Maranhão (MA). Candidato: ISIDORO CRUZ NETO. Defesa do candidato: SOU PROFESSOR APOSENTADO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO, COORDENADOR DO PONTO DE CULTURA "PROJETO CALU", QUE DESENVOLVEU PROJETOS EM COMUNIDADES AFRO-MARANHENSES LOCALIZADAS NA ZONA RURAL DO MUNICÍPIO DE ALCÂNTARA-MA, DIRETOR DO CONSELHO NACIONAL DE CINECLUBES DESDE O ANO DE 2012. Experiência: DIRETOR DE PROJETOS E FORMAÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE CINECLUBES, COORDENADOR DO CINECLUBE KALÚ, VENCEDOR DO PREMIO DE ARTES VISUAIS/2009/ FUNARTE/ MINC, SÓCIO FUNDADOR DA ASSOCIAÇÃO E PRODUTORES E CINEASTAS DO MARANHÃO - APROCIMA. Ver em http://cultura.gov.br/votacultura/foruns/MA-artes-visuais/

Setorial de Dança do Maranhão (MA). Candidata TALYENE MELONIO Defesa do candidato: Optei pela candidatura com propósito de ampliar os debates sobre a dança popular cultural, talvez até insistir no reconhecimento da dança de uma manifestação cultural como a melhor expressão das origens de um povo. Experiência: Sou Bacharel em Administração com especialização em Logística paralelamente faço parte há 24 anos do Tambor de Crioula e do Bumba Meu Boi da Floresta do Mestre Apolônio , atuo diretamente com todo setor de dança e coreografia dos grupos, preparação de novos dançarinos. Ministrei oficinas de danças populares em Minas Gerais, Rio de Janeiro e no Maranhão em Pontos de Cultura, Escolas e Festivais. Ver em http://cultura.gov.br/votacultura/foruns/MA-danca/

Setorial de Patrimônio Imaterial do Maranhão (MA). 2 Candidatos: ANTONIEL ALVES DOS SANTOS e NETO DE AZILE
1.      ANTONIEL ALVES DOS SANTOS - Defesa do candidato: Sou detentor de patrimônio imaterial e quero representar este e outros bens registrados. Experiência: Representante de grupo de bumba meu boi há 12 anos, artesão, cantador e representante do sotaque de costa-de-mão no plano de salvaguarda do bumba meu boi.
2.      NETO DE AZILE. Defesa do candidato: Principalmente garantir a presença do detentor e da representação afro-brasileira neste conselho no monitoramento das ações e das políticas públicas de cultura e principalmente garantir a visibilidade e investimentos para promoção da cultura e identidade negra. Experiência: Atualmente Coordenador Geral do Comitê Gestor da Salvaguarda do Tambor de Crioula do Maranhão, bem cultural registrado como Patrimônio Cultural Brasileiro de Natureza Imaterial. Especializado em Gestão do Patrimônio Imaterial . Estamos no processo de monitoramento da política nacional de patrimônio cultural imaterial e na condução do plano de salvaguarda do Tambor de Crioula do Maranhão

Estado do Pará
Setorial de Arquitetura e Urbanismo do Pará (PA) - SILVIA RODRIGUES, Defesa do candidato: - Hoje sou vice presidenta do Conselho Municipal de Habitação de Interesse Social – CMHIS (Belém) e Conselheira do CONSELHO ESTADUAL DAS CIDADES DO ESTADO DO PARÁ – CONCIDADES/PA. com atuação na camara tecnica setorial de regularização fundiaria- territorial. Proponho políticas que considerem a cultura de quem habita na cidade como referência nas ações públicas de moradia e urbanização. Experiência:Sou militante do Movimento de Moradia Popular, Dirigente da Central de Movimentos Populares - CMP, defendendo o direito à moradia e o direito à cidade. Participei em 2010 da coordenação da I Conferência de Habitação de interesse social da cidade de Belém, CMHIS e da elaboração do plano municipal de Habitação de interesse social de Belém- PMHIS/BEL. 2011 e 2012; ver em http://cultura.gov.br/votacultura/foruns/PA-arquitetura-urbanismo/

Setorial de Arte Digital do Pará (PA), ANDERSON DE SOUSA FERREIRA- DON PERNA - Defesa do candidato: Sou educador nas periferias de SP/PA há 20 anos. Estudo e Prático elementos da lei 10.639 usando Linux dentro e fora das escolas e dentro do recorte étnico/racial. Defendo a necessidade de Politica Publica voltando a juventude negra em especial da periferia com foco em Laboratórios Digitais para o uso de ferramentas livre geradores de conteúdo p/ formação de identidades. Experiência: 1995-2005 - Casa de Cultura Tainã-Criação e Produção em Edição Gráfica/Linux- Campinas-SP 1994-1997 - Técnico em Publicidade e Propaganda Campinas-SP 2000-2005 - Educador Digital - Laboratório Dona Nina na CC. Tainã- Campinas-SP 2005-2010- Implementador Social de Inclusão Digital do Programa GESAC - Ministério das Comunicações. PA/AP 2009-2015- Coletivo Casa Preta- Editor Gráfico – PA ver em http://cultura.gov.br/votacultura/foruns/PA-arte-digital/

Setorial de Artes Visuais do Pará (PA) – 2 candidat@s, MINA RIBEIRO  e ARTHUR LEANDRO/ TÁTA KINAMBOJI 
1.      MINA RIBEIRO =- Defesa do candidato: Precisamos de políticas públicas que beneficiem a juventude negra de periferia, fortalecer a rede de grafiteir@s e ter ações de cultura de combate ao racismo. Precisamos de políticas culturais afirmativas.Experiência: Sou Artista , Graffiteira e Contadora de História e atuo no COLETIVO CASA PRETA, em Canudos, Belém/PA. Participo da Rede MOCAMBOS Sou militante do Movimento Negro Participei do encontro "Pajelança quilonbolica digital", na Casa de Cultura Tainã, em Campinas/ SP.. Do 1°Encontro de graffiti União Nacional Crew, em Salvador Bahia. Do encontro nacional Ver-O-Risco, em Belém/PA e outros eventos
2.      ARTHUR LEANDRO/ TÁTA KINAMBOJI - Defesa de políticas afirmativas na cultura e o fomento e valorização da produção de visualidade com identidade afro-brasileira e amazônica, arte georeferenciada e com identidade etnica e racial.Experiência: Kissikar’Ngoma ria Nzumbarandá ria Mansu Nangetu. Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela UFPA (1992) e mestre em Artes Visuais pela UFRJ (2000). Atualmente é professor da Universidade Federal do Pará. Artista. Coordena projetos com artistas de terreiro.

Setorial de Artesanato do Pará (PA) - 2 candidat@s, DARLENE KARLA AIRES RAMOS e RAIMUNDO MAGNO CARDOSO NASCIMENTOI
1.      DARLENE KARLA AIRES RAMOS. Defesa do candidato: Sou Vodunsi-Hunjai da Casa Grande de Mina Jeje Nagô de Toy Lissá e Abê Manjá HUEVY. Nessa Casa estou como vice-coordenadora da Associação Filhos do Princípio – Embaraxé; que tem como objetivo geral desenvolver atividades sócio-educativas junto a comunidade das adjacências da Casa Grande HUEVY. E desenvolver políticas públicas para o artesanato afro que desenvolvo à alguns anos. Experiência: Meu nome e Darlene Karla Aires Ramos, sou PA. Tenho experiência como arte-educadora de Comunidades Sociais diversas. Há 6 anos venho desenvolvendo a arte de restauração e manutenção de peças religiosas e barrocas, tendo como meta dar continuidade a peças que são relíquias dentro do culto afro religioso e peças decorativas como: telhas, jogo de pratos e mascaras com tematicas afro.
2.      RAIMUNDO MAGNO CARDOSO NASCIMENTO. Defesa do candidato: Acredito que a efetiva participação da sociedade civil é um excelente caminho para promoção de politicas públicas específicas. Experiência: Quilombola a artesão a 25 anos, participando de feiras e eventos do ramo em todo Brasil a mais de 10 anos. Atuação na produção de artesanato em Fibras, Cerâmica e sucatas de floresta. Responsável para ornamentação da FAM 2014 Condecorado com comenda Mão Doca pelo trabalho no ramo do artesanato e demais identidades afrobrasileiras.

Setorial de Circo do Pará (PA). Candidato RODRIGO ETHNOS Defesa do candidato: Belém teve uma escola de Circo, entretanto a prefeitura abortou o projeto e nenhuma outra política pública apoia o setor nesta cidade e neste estado. Vou em defesa de ações do MinC que possam fomentar práticas circenses e espaços públicos que abriguem estas praticas artísticas. Experiência: Sou Rodrigo Barros, mais conhecido como Rodrigo Ethnos, Sou Táta Xikarangoma no Rundembo Ngunzo ti Bamburucema, em Belém, professor de arte da rede estadual de ensino, e artista circense de rua - praticante de palhaçaria, malabares, monociclo e perna de pau. Iniciei as práticas circenses com Anderson Dias, da Companhia ANTA de Belo Horizonte/ MG, em 2002. Ver emhttp://cultura.gov.br/votacultura/foruns/PA-circo/

Setorial de Literatura, Livro e Leitura do Pará (PA) - 2 candidat@s, MÃE NALVA e DOMINGOS CONCEIÇÃO NEGRINHO DO PARÁ
1.      MÃE NALVA - Defesa do candidato: A necessidade de inserção da literatura afro-brasileira e amazônica na politica cultural do livro, leitura e literatura como forma de apoio à implantação da Lei 10;639/13 que obriga o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira. Aumentar a participação da população e das culturas afro-brasileiras no espaços de diálogo e controle social de gestão. Experiência: Autoridade Tradicional de Matriz Africana na Amazônia.Presidente da ACIYOMI - Associação Afro-religiosa e Cultural Ilê Iyaba Omi que é Ponto étnico de leitura. Contadora de estórias das tradições afro-amazônicas. Coordenadora Estadual da RENAFRO do FONSANPOTEMA e da REATA. Conselheira estadual de saúde e de segurança alimentar.
2.      DOMINGOS CONCEIÇÃO NEGRINHO DO PARÁ -Defesa do candidato: Ingresso na literatura infanto-juvenil na Amazônia negra pela ausência de livros que pudessem ser utilizados em sala de aula para a aplicação da Lei 10;639/03. Este é o motivo que me faz concorrer a uma vaga de delegado pelo estado do Pará para o setorial de Livro, Leitura e Literatura, neste espaço vou defender ações de fomento e distribuição de literatura negra como politica cultural afirmativa. Experiência: Sociólogo e mestrando em Serviço Social/ UFPA. Pesquisa o movimento negro em Belém. Pesquisou a condição do negro na sala de aula, e dessa pesquisa publicou os Livros "Negrinho do Pará" (Edição independente, 2003), e Quilombinho (Edição independente, 2010). Organizador da Feira Preta e das comemorações do 20 de novembro no Estado do Pará. Militante do Movimento Mocambo.

Setorial de Patrimônio Imaterial do Pará (PA) – Candidata MAMETU NANGETU. Defesa do candidato: Lutar para a ampliação das conquistas na patrimonialização das culturas afro-brasileiras, ampliar registros de bens imateriais e contribuir para políticas de tombamento de bens materiais, em especial das culturas tradicionais de matriz africana, com Apoio e Fomento à Salvaguarda desse patrimônio cultural. Experiência: Autoridade do Mansu Nangetu. Mestra de conhecimentos tradicionais de matriz africana. Coordenadora da pesquisa da nação Angola na Cartografia social dos afrorreligiosos em Belém do Pará: história e georeferenciamento das casas de religiões afro-brasileiras (2006). Premiada na 1ª edição do Prêmio Patrimônio Cultural dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana/2014 – Edital PNPI 2014. Ver em http://cultura.gov.br/votacultura/foruns/PA-patrimonio-imaterial/

Setorial de Teatro do Pará (PA) Candidata STTEFANE TRINDADE - Defesa do candidato: Defendo políticas culturais afirmativas e de combate ao racismo, e o aumento do fomento de inicativas culturais de identidade afro-brasileira. Um outro ponto importante é implementar o Custo Amazônia, meta aprovada na II Conf. Nac. de Cultura em 2010 e que até hoje necessita de resultados visíveis para o setor de teatro. Experiência: Mestranda no PPG em Ciências da Religião da UEPA. Especialista em Saberes Africanos, Lei 10.630/03 e em Estudos Culturais da Amazônia pela UFPA. Pesquisadora GEP Axé (UFPA) e Arteme (UEPA). Graduada em Educação Física. Professora da rede estadual de ensino. Performer e atriz, atua em espetáculos cênicos com idendidade negra. Ver emhttp://cultura.gov.br/votacultura/foruns/PA-teatro/

Estado de Rondônia
Setorial de Literatura, Livro e Leitura de Rondônia (RO). Candidato FRANCISCO DAS CHAGAS SILVA -  Defesa do candidato: Tendo participado das diversas conferências, da cultura e da promoção da igualdade racial, nos três níveis federativos, e em ações do MinC, auxiliando nos debates de encontros de setoriais, sempre pautando a questão da inclusão do povo negro no processo produtivo do livro e promoção da leitura, constatamos hoje o pouco avanço, mesmo com a Lei 10.639/03. Havendo uma demanda histórica, e grave. Experiência: Sou pesquisador e historiador, das culturas afro-brasileiras, integro o núcleo de pesquisa GEPIAA, da Universidade Federal de Rondônia, coordenei um projeto Agenda Zumbi na Fundação Cultural Iaripuna, de Porto Velho, onde se articulava escritores, e dava apoio à publicações, com a Academia de Letras de Rondônia. Fui articulador em um dos processos eletivos para este Setorial, em meu estado. Ver emhttp://cultura.gov.br/votacultura/foruns/RO-literatura-livro-leitura/

Setorial de Moda de Rondônia (RO). Candidata: MARLENE SOUZA MONTEIRO. Defesa do candidato: Estou pleiteando esta vaga neste colegiado, por entender que este é um setor onde a estética africana, como toda cultura afro-brasileira, é excluída ou relegada a segundos planos, e precisamos estar nestes espaços de poder e de controle social. E com isto mostrarmos a nossa participação negra neste setorial de nossa sociedade. Sobretudo na Amazônia. Experiência: Sou criadora de modelos afros, fabricando em ateliê próprio, roupas, e adereços, como lenços, torço, customização e bordados em pedrarias, desde 2002, em Rondônia, tendo meus modelos sempre em destaque nos circuitos dos movimentos sociais, encontros nacionais e internacionais (América Latina), com forte temática negra e de tradições africanas. ver emhttp://cultura.gov.br/votacultura/foruns/RO-moda/

Setorial de Música de Rondônia (RO). 2 Candidatos OGAN SILVESTRE e CARLOS RONELI DA CUNHA SANTANA
1.      OGAN SILVESTRE Defesa do candidato: Musico profissional e defensor da Cultura negra, atualmente Ogan Silvestre é presidente do Centro de Cultura Negra de Rondônia – ACCUNERAA, foi Coordenador da Agenda Zumbi no período de 2010-2012 da Prefeitura de Porto Velho e é um defensor incansável da preservação da musica e cultura negra. Experiência: Silvestre Antônio é Ogan do Ile Axe Ogun Dajulekan, percussionista e presidente da ACCUNERAA seu trabalho é voltado para a defesa e a preservação da cultura negra. Ministra aula gratuitamente de percussão em Porto Velho e nos municípios de Itapuã e Ariquemes. Em 2006 lançou o CD “Cantos e Encantos nos Terreiros de Porto Velho” que foi o primeiro registro eu áudio dos terreiros de Porto Velho.
2.      CARLOS RONELI DA CUNHA SANTANA. Defesa do candidato: Pelo conhecimento obtido durante o tempo em que atuo na capoeira e buscando conhecimento da cultura Afro brasileira, me considero apto a contribuir para a cultura no Estado de Rondônia. Experiência: Iniciei em 1987 como aluno no grupo Senzala de capoeira, em seguida migrei para a ABADÁ Capoeira, obtendo a graduação na corda azul, onde atualmente atuo junto a Associação Rondoniense de capoeira-ARCA -RO e na Federação de capoeira de Rondônia-FECARON. Sou confirmado no Candomblé Jeje Mahin como GAYPÊ Como formação acadêmica sou graduado em engenharia Civil.

Estado de Roraima
Setorial de Culturas Populares de Roraima (RR). Candidata GLÓRIA RODRIGUES. Defesa do candidato: O que me motiva a participar deste espaço Politico Democrático é o fortalecimento das políticas de ações afirmativas culturais e dar visibilidade a cultura popular que ainda se encontra na invisibilidade. a Como forma de estabelecer uma relação de respeito às culturas populares do Estado de Roraima e dos países da tríplice fronteira Guyana e Venezuela. E neste pensamento que me candidato. Obrigado; Experiência: Sou Ativista social atuo no campo de combate à intolerância religiosa, racismo e discriminação racial e cultural. Ver emhttp://cultura.gov.br/votacultura/foruns/RR-culturas-populares/

Estado do Tocantins
Setorial de Literatura, Livro e Leitura do Tocantins (TO). Candidata MARIA APARECIDA DE MATOS - Defesa do candidato: Defendo políticas culturais afirmativas e de combate ao racismo. Fomento e atenção para a literatura afro-brasileira e amazônida e apoio à publicações de livros que possam ser utilizados para a aplicação da Lei 10,639/03. Experiência: Graduação em Letras (UFMT, 1994), Mestrado em Educação (UFMT, 1999) e Doutorado em Educação Literária (UFC,2004). Atua no Grupo de Trabalho - História da Educação na Universidade (UFMT) nos temas Lingua Portuguesa, Metodologia em linguagem e literatura infanto-juvenil e cultura negra. É pesquisadora ligada ao Núcleo de Estudos Afro-brasileiro (NEAB UFT). Ver em http://cultura.gov.br/votacultura/foruns/TO-literatura-livro-leitura/

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Discurso de Hilton Cobra (ex-Presidente Fundação Cultural Palmares), em 27 de maio de 2014.

Sr. Hilton Cobra (Presidente Fundação Cultural Palmares) – Bom dia a todos, bom dia a todas. Eu armei uma sequência e queria ler uma coisa que eu quero falar, e eu quero falar o suficiente. Não estou a fim de falar pouco. Eu queria dar um recado do Professor Milton Santos, recolhemos um texto dele, um pensamento dele e colocamos na nossa dramaturgia, da minha companhia, que chama-se Companhia dos Comuns. E, essa discussão me inspirou, então, eu fui ali, peguei e digo a vocês, “queremos fazer uma reflexão independente sobre o nosso tempo. Ter um pensamento sobre os seus fundamentos materiais e políticos, temos vontade de explicar os problemas e dores do mundo atual e, apesar das dificuldades da era presente, queremos também ter razões suficientes, ter razões objetivas para continuar vivendo e lutando. Temos convicção do papel da ideologia na produção, disseminação, reprodução e manutenção da globalização atual, diante dos mesmos materiais atualmente existente, tanto é possível continuar a fazer do planeta um inferno, como também é viável realizar o seu contrário. Daí a relevância da política, isto é, da arte de pensar as mudanças e de criar as condições para torná-las efetivas. Estamos convencidos de que a mudança histórica em perspectiva provirá de um movimento de baixo para cima. Os atores principais serão os países subdesenvolvidos e não os países ricos, os deserdados e os pobres, e não os opulentos e outras classes obesas. O indivíduo liberado, e não o homem acorrentado, o pensamento livre, e não o discurso único. Podem objetar-los se que a nossa crença na mudança do homem é injustificada, mas acreditamos, não ser a globalização atual irreversível, estamos convencidos de que a história universal, ela apenas começa.” Essa discussão me inspirou, o pensamento do Professor Milton Santos, enquanto ele fala disso tudo, território. E aí, eu me lembro de uma outra pessoas absolutamente extraordinária da nossa matriz africana, que é o Abdias Nascimento. Ilustra muito bem o que nós estávamos discutindo aqui. Diz ele ajudado pela nossa querida Lélia Gonzales, que aqui já foi citada pelo Gog, “Exu, imploro-te, plantares na minha boca o teu axé verbal, restintuindo-me a língua que era minha e me roubaram. É recebendo axé por ti plantado, em mi, Exú, que posso reconstruir a palavra, é absorvendo esse axé que retomarei o conhecimento de um saber que me foi tirado pela violência, pelo terror e pelo crime daqueles que escravizaram os meus ancestrais, e ainda hoje me exploram, ainda hoje me discriminam e afirmam a sua superioridade e civilização. Quero retomar o meu falar antigo, para não me perder nas armadilhas das abstrações vazias, e para que meus pés não sejam arrancados de onde eu devo pisar. Com o teu axé, Exu, percorrerei as distâncias do nosso Aiê, feito de terra incerta a perigosa.” Com essas palavras, eu agradeço o Conselho por receber-me para falar um pouco sobre a Fundação Cultural Palmares. Senhoras e senhores, aqui falo em nome da Palmares, órgão do Ministério da Cultura, com 26 anos de existência, criada em 22 de agosto de 88, com o fim de preservar o patrimônio cultural afrobrasileiro... Sr. Bernardo Novais da Mata Machado (Secretaria de Articulação Institucional) – Só, com licença, Hilton, só, desculpe interromper, mas eu queria convidar para a mesa a Ministra Luísa Helena. Sr. Hilton Cobra (Presidente Fundação Cultural Palmares) – A senhora me inspira. Bom, com isso, eu vou partir ali para os slides. Bom, a Fundação, criada em agosto de 88, é um órgão da cultura, ele tem agora 26 anos, focado no trabalho por uma política cultural igualitária e inclusiva, buscando contribuir para a valorização das manifestações culturais e artísticas negras brasileiras. Ela é localizada aqui em Brasília, atua em todo o território nacional, com cinco representações, em Alagoas, Bahia, Maranhão, São Paulo e Rio de Janeiro. Atualmente, as articulações caminham para a reestruturação e nacionalização da Fundação, com representações a serem implementadas nas demais capitais brasileiras. Ali, nós temos, proteção ao patrimônio afro-brasileiro, a Palmares é a responsável por certificar as comunidades Quilombola, desde 2004, e até hoje já certificamos 2.470 comunidades. Nossa meta é atingir para além de 2.500 até 31 de dezembro de 2014. Ali, nós temos a 12.400. Nós temos 295 em análise, e 549, não identificada. Atuamos também na licença ambiental, licenciamento ambiental. Em 2013, foram 77 processos envolvendo as 1.010 comunidades impactadas por empreendimentos ou atividades. Elas foram, fizemos 14 visitas técnicas, reuniões, consultas públicas, conforme a convenção 169. Consultas públicas, em 2014, existem 25, em processo, na fase de consulta. Bom, Quilombo. Entramos nessa Gestão, ali em fevereiro de 2014. Minha gente, 70% dos documentos que nós assinávamos, que eu assinava, se referia a Quilombo e a maioria se referia a conflitos Quilombolas. Quais são os conflitos Quilombolas? Nós temos comunidades impactadas por empreendimentos. Aí, você tem empreendimento do PAC, você tem outros empreendimentos. São, por exemplo, são pedreiras que explodem as suas dinamites e quebram as suas poucas casas Quilombolas. Nesse nível, outro tipo de conflito. Conflito com forças armadas. Vocês já devem ter ouvido falar no Rio dos Macacos, então, a Marinha se acha no direito de ter aquelas terras para ela e diz que aquela área não é uma área Quilombola e as pessoas estão lá há mais de 200, 300 anos. Outro 149 tipo de conflito, conflito com posseiro, conflito com fazendeiros, os fazendeiros que espantam crianças, fazendeiros que espantam senhores, senhoras, fazendeiros que matam, fazendeiros que colocam cerca eletrificada em mangue e matam Quilombolas. A Palmares atua também nessa área. Outro tipo de conflito é aquela coisa que as políticas públicas realmente não consegue chegar nessas comunidade como elas, como é necessário que se chegue, com uma violência maior, no sentido de tempo, articulações e etc. Então, atuamos nisso. Proteção também é um patrimônio. Câmaras de conciliação. Aí, a gente atuando dentro da Procuradoria Federal, atuamos em nove Câmaras, tentando conciliar esses conflitos que chegam e etc., entendeu? A procuradoria lá da Palmares, a Palmares, ela foi criada para proteção ao patrimônio afro-brasileiro e, também, aí eu diria assim, Ministra Luísa, se eu certifico eu já estou cuidando do patrimônio. Mas, a Palmares também tem que cuidar dos conflitos. Aí, eu digo, Quilombola é filho ad eternum da Palmares, porque não temos, entendeu, uma luz nesse fim de túnel, que diz assim: “As questões Quilombolas no Brasil serão realmente resolvidas.” Sabe porque não? Porque a primeira coisa é território. Enquanto não titular as terras Quilombolas, estaremos todos sempre com conflitos. Ali, nós temos cesta básica. eu cheguei na Palmares e eu disse assim: “Eu não consigo levar cultura para a comunidade Quilombola ao disseminar as culturas. Agora, eu fico tratando de cesta básica?” Quer dizer, tem órgão específico dentro do Governo para tratar das cestas básicas, que cabe a Palmares identificar essas comunidades e passar para quem de direito. O parque memorial, que já foi falado aqui, ano passado entregamos parte da reforma, com R$ 600.000, 00 de custo. Esse ano conseguimos aprovar com a Ministra Marta, R$ 2.000.000,00 do Fundo Nacional de Cultura, que já está em processo licitatório, para que a gente realmente possa, no dia 20 de novembro, apresentar para a comunidade negra o único parque temático nosso com condições realmente de receber as pessoas e receber turistas e etc. O fomento. Único projeto de juventude desse Ministério chama-se NUFAC, que é um projeto de lá da Fundação Cultural Palmares, que herdamos, herdamos, o que é bom, dá-se continuidade. Nós temos aqui alunos formados, 2012, 3.600 jovens negros e negras, capacitados. Ali no Rio de Janeiro, Minas, Tocantins, que estão sendo formados, são 1.760. Ali, atingindo o Maranhão, Sergipe, Goiás, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Salvador, Bahia. Os fomentos, aqui, nós conseguimos, a ideia aqui é realmente que a gente consiga atender, atingir aos 27 estados. Tivemos uma surpresa ano passado, que o Governador Jaques Wagner, no lançamento do NUFAC lá na Bahia, ele disse: “Vamos aumentar esse recurso.” Eu digo: “Vamos, Governador. Agora, ao invés do senhor alocar recurso aqui no Governo Federal, crie o seu próprio NUFAC baiano.” Tomara que o Governador Wagner, ao sair do Governo, tenha deixado uma estrada para a criação desses NUFACs, na Bahia, que a gente sabe que é um dos... Eu quero reivindicar para mim, viu, Secretário, para a Bahia, um dos estados que mais mata preto e preta no Brasil. Eu reivindico para o meu estado. Fomento às manifestações culturais, tem o lançamento do edital Ideias criativas, com R$ 1.500.000,00, graças a parceria da nossa colega Márcia Rollemberg, que estamos, já está em fase de pagamento, 58 projetos, passando. Aqui, é o que eu digo, assim, é a alma da Fundação Palmares, é o centro de pesquisa e de informação, que eu vou migrar daqui a pouco para o Museu. Então, são várias publicações que fizemos em 2013, 2014, essa distribuição vai para a escola, distribuição para outros projetos, para outros eventos, como foi na CONAPIR, fizemos uma mesa, houve briga, porque queriam os nossos produtos, que bom. É que eu digo assim, se tem, passando bem. Outra coisa da informação, são vários ciclos de palestra Conheça mais, onde atingimos Brasília, Salvador, Rio, São Paulo, São Luís, Recife, Vitória, investimento total de R$ 40.000,00 são pequenas palestras com uma plateia, com temas que se faz, alguma coisa na área do pensamento, nada de extraordinariamente grande, mas importante, quer dizer, do desenvolvimento mesmo do pensamento, do nosso pensamento. Imagem da memória. Esse imagem da memória, é uma coisa que é inventada aqui, criada aqui nessa gestão. Existe um projeto, eu quero falar do nome, o projeto lá em Minas Gerais, tem alguém de Minas, que chama imagem dos povos. Eu gosto de nome, então, eu liguei para o (ininteligível) e disse: “Eu vou roubar um pedaço do seu nome.” E aí, na esteira, no início dessa questão do museu, eu propus à Ministra que a gente começasse o museu, já que ele não estava edificado, que a gente começasse um museu virtual, como tem lá, como está sendo criado o museu afroamericano, que a gente diz, na esquina de Obama. O que nós queríamos era o museu do negro na esquina da Dilma Rousseff. É o que... O que achamos é o seguinte, o Estado brasileiro, através desse museu, na esquina do seu Presidente, da sua Presidenta, dá uma dimensão de que, sim, nós estamos olhando para a cultura de matriz africana, mais ou menos, uma coisa assim. Então, fizemos um edital de R$ 1.300.000,00 onde foram contemplados dois documentários, agora, já está em fase de pagamento desses prêmios, para que a gente tenha daqui a pouco esses produtos. A biblioteca, depois de um ano, agora é que nós vamos conseguir reabrir a biblioteca, que tem 16.000 peças e será lançada, agora dia 03 de junho, a gente reabre essa biblioteca. O museu, é que já falei, o museu é o seguinte, desde a época da Dulce Maria Pereira, que eu acho que é 96, 98... Quando esteve aqui o Mandela, foi criada essa, ganhamos um terreno de 5.000 m2, para a criação disso que eu falo que é a alma da Palmares, que é o centro de referência. Então, a Ministra, quando chegou, foi visitar Palmares, ela disse: “Vamos mudar essa coisa do centro. Vamos criar um museu. Vamos dar uma coisa  realmente maior e de maior envergadura, de maior importância.” Eu não estou autorizado a dizer, mas eu vou dizer, nós acabamos de ganhar, na verdade, um terreno de 65.000 m2, onde será implantado o museu. Mais do que isso, eu não estou autorizado a falar. Ouviu, Pai Paulo? Sobre o museu. Força de trabalho da Palmares. Vejam bem, a Palmares foi criada para a proteção da cultuara afro-brasileira, do patrimônio, nós somos 110 milhões de brasileiros e brasileiras, negros e negras. Nós temos, que me provem o contrário, a maior variedade de uma matriz cultural nesse país, e nós temos a seguinte estrutura para cuidar disso tudo. Servidores da FCP, 16. Servidor sem vínculo, 36. Servidor requisitado, 19. Servidor anistiado, 3. Terceirizado, 74. Estagiário, 11. Nós temos 159 pessoas para cuidar do patrimônio cultural de matriz africana, de 110 milhões de brasileiros e brasileiras. Está ruim? Estou muito rápido? Não, não é? O orçamento da Palmares, que fio criada para cuidar de todo esse patrimônio. Vamos lá. Eu vou colocar para vocês 2014. O lançamento finalístico total é R$ 13.500.000,00. Para a manutenção, quer dizer, para manter a manutenção da máquina, a gente gasta R$ 10.700.000,00. Agora, para os projetos finalísticos dos quais o Artur Leandro, Pai Paulo, Mestre Paulo, entendeu, querem que a Palmares patrocine, olha quanto nós temos, R$ 2.700.000,00 para atender a demanda cultural e artística de produtos desse Brasil todo negro. Projetos aprovados pela FNC, nós temos esse ano R$ 4.875.000,00, gastos onde? Aqueles R$ 2.000.000,00 que eu falei com vocês que vão para a Serra da Barriga, mais R$ 1.300.000,00 daquele Ideias, mais R$ 1.000.000,00 que é daquele Imagens da Memória, e mais algumas coisas que agora eu não lembro. Emendas parlamentares, R$ 2.550.000,00. Detalhe, desses R$ 2.769.000, 00, R$ 1.200.000, tivemos que tirar do nosso orçamento para bancar emendas que não foram empenhadas em 2013. Quer dizer, na verdade, eu estou trabalhando com R$ 1.569.000,00 para cuidar da arte e da cultura negra de 110.000.000 de brasileiros. Aqui, ainda temos emendas parlamentares que ainda estão bloqueadas, mas que vai dar R$ 2.800,00. Quer dizer, temos um total de R$ 23.000.000,00; para a manutenção, uns R$ 10.000.000,00 e, para projetos, R$ 13.000.000,00. Essa é a realidade da Fundação Palmares. Aqui, nós temos uma tabela, onde diz mais ou menos os percentuais, olha só onde é que a gente está. 1,5% do orçamento total do Ministério da Cultura. Aqui, tem outro quadro. Olha onde é que eu estou, eu estou aqui junto com a Fundação Casa Rui Barbosa. Logo Rui Barbosa que queimou parte do nosso material e acervo, entendeu? Ok? É igualzinho. As ações estruturantes. Então, minha gente, o que é que nós decidimos quando chegamos à Fundação Cultural Palmares, Secretária Ana? Edital não vai resolver o problema nosso, absolutamente. Nós precisamos pensar em projetos reais e estruturantes, e aquele tipo de projeto colocado em lei, para que saia a Ministra Marta, que hoje me ajuda nisso, e entra daqui a pouco não sei quem, e corte pela raiz as nossas conquistas. Então, sistema Palmares de Informação, era uma coisa que nós detectamos. Olha só, mapeamento virou uma febre no Brasil, todo mundo quer mapear a coisa da matriz africana. Agora, disponibilização disso é cada dia difícil. Uma vez eu conversando com a Ministra Luísa, ela disse: “Mas, mapeamento foi uma época importante ou ainda é, porque na verdade, nós éramos invisíveis.” E, esses mapeamentos é que nos tornam visíveis, chegando até... Ok. Então, por exemplo, sistema Palmares, esse é sim um projeto dessa gestão. O investimento total é de R$ 5.000.000,00, já demos início a ele, é o nosso primeiro projeto iniciado. É parceria com o FRP, é fazer o censo cultural afro-brasileiro na Bahia, no Maranhão e em Pernambuco. A ideia aqui é que... Atingirmos os 27 estados da nação e disponibilizar através de uma plataforma que vem dar também essa sustentação e esse início ao museu do negro, no qual nós estamos pleiteando. As políticas de ação afirmativa. Aqui é o meu calo, me permita um parênteses agora, que é para dizer para vocês como é que eu cheguei nessa instituição. Lá em 1970, 1983, chegou lá na Bahia um grupo de teatro chamado lá (ininteligível), que não tinha nada a ver com cultura negra, não tinha nenhum neguinho e nenhuma neguinha, inclusive, lá dentro. Mas, era meus amigos. E aí, Pai Paulo, de sexta para segunda, eu já estava morando no Rio de Janeiro. Lá não dava para viver com trabalho artístico, ator, Dulce, aquilo, você sabe disso. O que é? Eu estava morando com o papa da iluminação cênica no Brasil, que chama-se Jorginho de Carvalho. Para ganhar dinheiro, eu fui ser auxiliar daqueles mesa que desentopem fio, e depois assistente de luz e passei a ser iluminador. É lá, quase rato de teatro, que eu percebo de que, dessas luzes todas que eu participava, Secretária Ana, não tinha atrizes e atores negros nos palcos cariocas. Aí, eu busco de volta essa senhora que aqui está, chamada Luiza, que realmente é a pessoa que me coloca no seio do movimento negro. Aí, eu quero fazer o que? Eu quero criar uma companhia de teatro. Uma companhia de teatro que venha dar segmento à dramaturgia, aquele projeto de dramaturgia do Adbias na década de 40. Uma companhia que vá buscar a sua tábua estética, segundo Luís Mafus, correto? Uma companhia que faça com que aquele público negro, nosso, possa chegar naquele teatro e no palco se enxergar como negro e negra, ter a sua vida retratada naquele palco, diferentemente do que ele vê na TV Globo, que não vê negro na televisão, na TV Globo. Aí, eu digo: “Eu quero presidir essa fundação.” E lutei, desde 2003, Secretária Ana, para entrar e dar a minha contribuição nessa fundação. Recentemente, teve uma palestra na Assembleia Legislativa de Santa Catarina para uns estagiários, Ministra, e eu contei essa história para eles, e disse a eles o seguinte: “Eu entrei no movimento negro porque não tinha negros no palco carioca.” E vocês vão ver aqui no parlamento que não tem negro, nem negra. Quiçá que vocês entrem aí nesse movimento, quiçá que vocês tornem potencial deputados e deputadas, negros. Está aí, na discussão que tínhamos a pouco, eu diria: “Se eu entrar nesse Conselho, como entrar?” Eu não me vejo. Tanto não me vi nos palcos cariocas, como não me vejo nos parlamentos e, nesse Conselho, quiçá, também não me veja. Daí, eu entro na Fundação Palmares. Mais um parêntese para vocês, nós tínhamos um grande projeto no Rio de Janeiro, tipo um fã em Belo Horizonte, todas as linguagens artísticas e culturais presentes, a FINIVEST disse que era um projeto extraordinário, do ponto de vista da cultura, mas ele não ia aliar a sua marca a um projeto étnico. Detalhe, 70% do faturamento da FINIVEST é de pequenos empréstimos. Pergunto, quem pega pequenos empréstimo, Guti? Pobre. Quem é a maioria pobre? Negra. Quem mantém então a FINIVEST? Negros e negras. E eles não aliam a sua marca a projetos étnicos. É nessa linha que aqui nós estamos falando absolutamente da instituição da política de ação afirmativa e de que se traduz em cotas, para que se possa ser traduzida em dinheiro, que é isso o que nos falta fundamentalmente, para os nossos processos artísticos e os nossos projetos de cultura. Nesse sentido, o início desse processo de cotas, para as artes negras e as culturas negras, está aqui. Para a cultura, que tanto vocês sabem que veio substituir a Lei Rouanet, e ele foi criado para quê? Para, vamos dizer assim, distribuição melhor desses recursos nas regiões. Porque todos nós sabemos de que esse dinheiro da renúncia fiscal, ele está tão somente concentrado no eixo Rio – São Paulo e, brincando, nas Avenidas Paulista e na Avenida Vieira Souto. Quer dizer, esse projeto veio para essa substituição, Secretária, proposta dos produtores negros, dos agentes de cultura negra, dos artistas negros, aqui que se faça uma emenda às empresas que quiserem se utilizar da renúncia fiscal, elas serão obrigadas a destinar mínimo de 20% a arte e a cultura negra, Mestre Paulo. É isso, isso aqui vai entrar em debate no plenário daqui a pouco. O próprio Henrique Eduardo Alves disse: “Ministro, aqui e aqui...” Ele vai colocar em pauta, quiçá, antes da copa. Então, nós, negros e negras, e nós, que queremos ampliar, melhorar esses recursos, temos que ficar atentos para essa votação. Ontem, eu tive, inclusive, hoje, que diga, eu vou procurar a Deputada Alice Portugal, que já sabe disso, que já vai ser chamada a uma audiência pública, Bernardo, para discutir os recursos federais para a cultura. Nesse sentido, tem uma informação. Ano passado nós fizemos as nossas contas, os recursos da cultura, para a cultura federal, Terezinha, em 2013, somaram R$ 5.350.000.000,00, da seguinte forma, orçamento do Ministério, Fundo Nacional de Cultura, Fundo Setorial de Audiovisual e a renúncia fiscal, soma R$ 5.350... Eu fiz as nossas contas, Ministra Luísa. Desse dinheiro, Secretária, não chega R$ 200.000,00 para a arte e a cultura negra. Pergunto, para onde vão R$ 5.150.000.000,00, como gestor eu digo, pelo menos R$ 1.000.000.000,00 disso é para a manutenção da máquina. Então, R$ 4.000.000.000,00, Guti, vai para a cultura indígena? Vai para a cultura cigana? Não vai. Ela vai para a preservação de fusão da cultura de matriz europeia nesse país. Então, urge que a gente consiga minorar essa distância desses recursos, porque na ponta, nas comunidades Quilombolas, esses recursos não chegam, lá nas comunidades do ponto santo não chegam, e nas artes também não chegam. Eu disse uma vez, Guti, para o Grassi, “Presidente, se você for nos palcos cariocas, o senhor não vai identificar atores e atrizes negros. Como gestor, eu estou aqui para trabalhar o teatro. E, se eu não identifico artistas negros nos palcos, algo está errado. E, eu, como gestor, tenho que ajudar a resolver.” Essa é a situação. As ações estruturantes. Aqui, importante. A reestruturação...