terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

"Nós de Aruanda" - laboratório de arte e culturas de terreiros abre a programação do projeto Artistas de Terreiros.

A exposição de artes visuais em homenagem à Mãe Doca foi o que motivou o encontro entre artistas de terreiros e pesquisadores da UFPA
Foi um dia inteiro de intenso debate sobre o pequeno recorte das poéticas, praticadas pelos artistas oriundos de comunidades de terreiros da zona metropolitana de Belém, que será exposto na Galeria Theodoro Braga do CENTUR à partir de 7 de março de 2013. A exposição faz parte da celebração da passagem do dia 18 de março em memória da luta de Mãe Doca pelo direito de consciência religiosa e de manutenção das tradições de matrizes africanas na Amazônia brasileira.
O laboratório aconteceu em rodas de conversa que proporcionaram o diálogo intercultural entre a universidade, o universo das artes visuais e as africanidades presentes nas diversas tradições afro-amazônicas dos terreiros de Belém. Nas rodas de conversa, os artistas e pesquisadores foram encontrando interesses comuns que motivaram a formação de parcerias para a construção da exposição que abre no CENTUR na quinta-feira 7 de março.

As propostas de trabalho apresentadas apontam para a pluralidade de entendimentos sobre a arte, mas em comum trazem a coletividade, o cotidiano dos terreiros, as lutas por cidadania, a política afirmativa, as práticas ritualisticas, a memória afetiva e a memória de vida como elementos essenciais para a construção de mundo que resulta na poética desses artistas, assim como para a compreensão teórica para a construção dos paradigmas estéticos afro-amazônicos, uma futura estética que ao mesmo tempo são várias e que tem a potência da estética diversificada e construída pela experiência plural afro-brasileira.

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