terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

NÓS DE ARUANDA - ARTISTAS DE TERREIRO vai até 11 de abril.

ATENÇÃO PROFESSORES, ESCOLAS DA REDE PÚBLICA E PARTICULAR, A EXPOSIÇÃO "NÓS DE ARUANDA" GANHOU MAIS DUAS SEMANAS (até 11 de Abril), E ESTAMOS COM A PROPOSTA PARA AS ESCOLAS DE VISITAÇÃO NA EXPOSIÇÃO. com base na Lei 10.639 que torna obrigatória a inserção da História e cultura dos Africanos e Afro-Brasileiros nos conteúdos dos currículos escolares. Galeria Theodoro Braga Horário de 9 às 19 HS. De Seg à Sex. Agendamento: Auri Ferreira 82601610 ou na Galeria: (91) 3202-4313



A partir do dia 7 de março de 2014, começará a segunda versão da exposição Nós de Aruanda na galeria de arte Theodoro Braga na Fundação Tancredo Neves (CENTUR). Assim como na primeira exposição, realizada em 2013, o projeto visa a inserção e legitimação dos artistas de terreiro no circuito artístico de Belém e de todo o estado do Pará.
Tata Dianvula/ Alex Leovan, fotografias manipuladas em laboratório.

Com realização e curadoria do Grupo de Estudos e Pesquisa Roda de Axé (GEP), essa segunda edição da exposição reúne 50 artistas de vinte terreiros, incluindo coletivos como o AFAIA, Grupo Bambaré e o Coletivo Corpo Sincrético que apresentam como obras: esculturas, performances, intervenções urbanas, fotografia, música, entre outras linguagens.
Entre as motivações do trabalho do GEP – Roda de Axé, busca-se “a resistência pelo direito à consciência do sagrado de Povos Tradicionais de Terreiros de Matriz Africana no Pará em exposição coletiva, onde esperamos contemplar a diversidade dessa produção periférica, como um discurso afirmativo do protagonismo afro-amazônico na produção de poéticas visuais”. E por essa razão, todo o processo de construção está baseado no respeito à coletividade e na valorização da diversidade, bem como o esforço em tirar do anonimato e do silenciamento, a luta de mulheres negras e afro-religiosas, como a história de Mãe Doca, a homenageada da exposição.
Instalação de Babá Tayando.

A homenageada
Mãe Doca é Nochê Navakoly, maranhense de Codó cujo nome de batismo civil era Rosa Viveiros, iniciada nas tradições afro-brasileiras pelo africano ManoelTeuSanto, seu Vodun era Nanã e Toi Jotin. Por cultuar divindades africanas e preservava as tradições de matriz afoamazônica, Mãe Doca foi presa diversas vezes na década de 1890, quando a abolição já havia sido declarada. E apesar de toda a violência sofrida, Nochê Navakoly jamais desistiu de manter aberto em Belém o Terreiro de Tambor de Mina, lugar sagrado onde mantinha preservadas as tradições de suas origens.

A origem do projeto
O professor e pesquisador Arthur Leandro (Instituto de Ciências da Arte da Universidade Federal do Pará), o Tata Kinamboji, recorda que no ano de 2008 quando saía com seus irmãos de santo de uma cerimônia realizada no Forte do Castelo em Belém, convidou-os para verem sua obra exposta no Museu da Casa das 11 Janelas, mas o grupo manifestou que aquele espaço não seria um lugar para o povo de terreiro
Afirma o professor que, “todo o movimento de realizar essa exposição é também um projeto político para mostrar ao povo de terreiro que qualquer lugar é lugar pra gente e que quem faz nossos lugares somos nós, que depende de nós a nossa legitimação nesses espaços que até então eram únicos e exclusivamente de deleite da elite”.
Foi então que em 2011 durante as aulas do curso de especialização em Saberes Africanos a Afrobrasileiros na Amazônia do Grupo de Estudos Afro-Amazônicos da Universidade Federal do Pará (GEAM/UFPA), surgiu a ideia da exposição, efetivada em 2013 e mantida em 2014.

Programação
Além da exposição, acontecerão:  Rodas de conversa com artistas e pesquisadores nos dias 14, 21 e 28 de março. Sempre às 15h. Performances no dia 7 de março com Bruno B.O. (Hip­hop), Carlos Cruz (performance de rua) e Nazaré Cruz (tranças e moda afro). Dia 14 de março com o Coletivo Corpo Sincrético (O corpo trai), Zezinho do Mocambo (Corporeidade). Dia 21 de março com Alan Fonseca e Sttefane Trindade (A cabaça de Anansy) e Ekedy Janete. Dia 28 de março com o coletivo AFAIA, Grupo Bambarê (Griot) e Duda Souza (Um (en)canto de Oxum). Sempre a partir das 18h. Exibições da Rede de Cineclubes de Terreiro/ PARACINE nos dias 11 de março, 18 de março e 25 de março, a partir de 16h.

Samantha Silva - Museu da encruzilhada.

Serviço: Exposição Nós de Aruanda de 7 a 28 de março de 2014, na Galeria Theodoro Braga | Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves | Endereço: Av. Gentil Bittencourt, 650, Térreo. Belém (PA). | Telefone: (91) 3202-4313. O acesso é gratuito e horário de funcionamento da Galeria é de 9h às 18h, exceto às segundas-feiras. Confira a programação completa no blog http://afroamazonico.blogspot.com.br/

Artistas AFAIA e Grupo Bambaré - Ilê Axé Iyá Omi Ofá Kare Bia Cabral - Casa de Umbanda Ogum Beira-Mar e Mamãe Oxum Babá Kyssudã (Natanael Faro) - Ilê Ase Oyá Mesen Babá Tayandô (Luiz Loureiro Cunha) - Seara de Umbanda Ogum Beira-Mar Carlos Vera Cruz - Mansu Nangetu Cézar Elias - Terreiro Casa de Ogum e Yemanja. Coletivo Corpo Sincrético - Ilê Asé Omindê. Duda Souza - Terreiro de Mina do Caboco Pena Verde Ekedy Janete Oliveira - Seara de Umbanda de Pena Verde Élida Neves - Terreiro de Umbanda Cabana Caboclo Rompe Mato Isabela do Lago - Mansu Nangetu Katia Jurema - Terreiro de Pai Caduca Lucivaldo Sena - Mansu Nangetu Mc Bruno B.O - Mansu Nangetu Mãe Izabel - Raizô Erê Mam'etu Muagilê (Elizabeth Leite Pantoja) - Rudembo Nagunzo ti Baburucema Mam'etu Nangetu (Oneide Monteiro Rodrigues) - Mansu Nangetu Nazaré Cruz - Ilê Iyaba Omi Ogã Pereira - Ilê Axé Baba Abuque Ogã Valter Vieira, Yá Tundê (Edivânia), Eleanor Palhano - Ilê Asé Agaronilê Pejigan Oba Gankonã (Alan Fonseca) e Sttefane Trindade - Funderê Oya Jokolocy Samantha Raissa - Tenda Espírita de Umbanda Cabocla Yacira Tata Kafunlumizô (Ângelo Imbiriba) - Inzo d"Angola Lua Branca Tata Djanvula (Aléx Leovan) - Mansu Nangetu Tata Kafungueji (Rodrigo Barros) - Rudembo Ngunzo ti Baburucema Tata Kinamboji (Arthur Leandro) - Mansu Nangetu Tata Kitauange (Deleam Cardoso) - Mansu Nangetu Zezinho do Mocambo - Terreiro do Pai Loroji
Curadoria Grupo de Estudos e Pesquisa Roda de Axé, pesquisadores: Alan Patrick da Costa Fonseca/// Alef Monteiro de Souza/// Amadeu Lima de Deus/// Arthur Leandro/// Aurilene Pereira Ferreira/// Eleanor Gomes Palhano/// Isabela do Lago /// Joao Simões Cardoso Filho/// Jocimara Fideles Alves/// Katia Simone Alves de Araujo/// Lorena Alves Mendes/// Marilu Marcia Campelo/// Mírian Aparecida Tesserolli/// Raimundo Jorge Nascimento de Jesus/// Shirley Muryel Ferreira Albuquerque/// Sttefane da Costa Trindade/// Walter Hugo Diaz Pinaya/// Zélia Amador de Deus 

Rodas de conversa com artistas e pesquisadores, sempre as 15h: 14 de maço/// 21 de março/// 28 de março

Programação de performance, sempre a partir das 18h:
7 de março - Bruno B.O. (Hip-hop)/// Carlos Cruz (performance de rua)/// Nazaré Cruz (tranças e moda afro).
14 de março - Coletivo Corpo Sincrético (O corpo trai)/// Zezinho do Mocambo (Corporeidade).
21 de março - Alan Fonseca e Sttefane Trindade (A cabaça de Anansy)/// Élida Neves e Ekedy Janete
28 de março - AFAIA e Grupo Bambarê (Griot)/// Duda Souza (Um (en)canto de Oxum).

Programação da Rede de Cineclubes de Terreiro/ PARACINE. Terças-feiras, 15h -


11 de março, 15h - Velhos Baionaras, Tesouros Vivos (Documentário, direção Stéfano Paixão. Pará/ BR, 50 min, 2012). Sinopse: recorte poético visual da memoria afetiva e popular da cidade Baião, através de depoimentos daqueles que muito já contribuíram ou ainda contribuem para construção da identidade local. Este projeto é resultado da Bolsa de Experimentação, Pesquisa e Divulgação Artística 2012 pelo Instituto de Artes do Pará (IAP) e celebra os 318 anos da cidade paraense de Baião, região do Baixo-Tocantins. A grandeza do povo baionara pede passagem e convida vossos olhos a penetrar neste universo ímpar, de um povo moreno, brejeiro e amazônida.

18 de março, 15h - O sagrado é ecológico no Candomblé Angola. (Educativo, filme coletivo: Alessandro Ricardo Campos, Anderson Johnny dos S. Nunes, Arthur Leandro, Kátia Simone Alves Araújo, Renato Trindade, Mametu Nangetu, Mametu Deumbanda, Táta Kinamboji, Táta Kamelemba, Muzenza Vanjulê. Pará/ BR, 22 min, 2012). Sinopse: Ação educativa e prática de saberes culturais na construção da educação ambiental na comunidade do Terreiro Mansu Nangetu.

25 de março:
15h - Terreiro de Iyá. (Documentário, direção: Artur Arias Dutra, Yasmin Alves e Cristiane Salgado. Pará/ BR, 24 mim, 2013). Sinopse: Após a passagem da centenária Mãe Etelvina, líder espiritual da Tenda São Jorge e Jarina na Ilha de Cotijuba (PA), acompanhamos o ritual onde os filhos mais velhos, Seu Manoel e Dona Roberta, assumem os trabalhos no terreiro. Um registro raro que compõe o documentário sobre esta comunidade religiosa.
15:30 -  Terreiro de Mina. (Documentário, direção Edvaldo Moura, Pará/BR, 2013). Sinopse: documentário sobre o Terreiro de Mina Nanã Buruquê, que completou 30 anos em 2013, na cidade de Castanhal/PA. Através das imagens do terreiro e do depoimento de Mãe Ana Rita, o curta mostra a beleza da Umbanda e da religiosidade afrobrasileira. Vencedor do V Festival de Curta Metragens Curta Castanhal, em 2013, na categoria geral.

Um comentário:

  1. Me interessei. Mas só consegui saber do que se trata na terceira página. Com o grande volume de chamadas que recebemos todos os dias, é necessário deixar claro logo no cartaz exatamente do que se trata, para atrair o máximo de pessoas do público mais interessado pelo assunto tratado.

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