A minha questão aqui, é relatar experiências de ensino que
coloquem em evidencia as relações étnicas e raciais e a defesa os direitos
humanos no Brasil e na Amazônia. Pra começar, vimos alguns exemplos de racismo, machismo e opressão social nas histórias em quadrinhos, e como exemplo re resistência: Mafalda!
Depois passamos para exercícios - exercícios de li-ber-da-de...
Me apoiei, e muito, nas experiências do Teatro do Oprimido,
de Augusto Boal, e utilizei muitos dos exercícios propostos por ele, principalmente
a encenação de relatos de situação de opressão sentida e vivenciadas pelos
estudantes, e na sequência a encenação de reações àquela opressão sofrida. Também me apoiei muito em exercícios de libertação das opressões do corpo, inclusive com a proposta de dançar, e neste caso dançamos ao som das lutas de independência de Angola com "Muadiakime" do disco"Angola 72", de Bonga Kuenda.
Depois dos exercícios, passamos a desenhar as situações
propostas, e a criar quadrinhos com as narrativas de enfrentamento às opressões
que os próprios estudantes foram vítimas...
Neste caso, as narrativas das histórias em quadrinhos produzidas em Tailândia não vão retroalimentar a ideologia das opressões e hierarquias raciais e sociais de (quase) toda a industria cultural das revistas em quadrinho, estas aqui vão habitar muros, campos e areiais, camisetas e zines, e, penso, tem a potência de provocar a reflexão sobre o contexto de vida da população na 'Amazônia Negra'.
As finalizações dos trabalhos ficaram excelente, disciplina maravilhosa!
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ResponderExcluirAssim a educação faz sentido! Não se trata de uma carga horária e um título. É de vida que se trata! Reflexão a ação pra vida.
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